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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Secretário diz que infraestrutura não é mais o maior problema das escolas; 101 professores pedem exoneração

Foto: Reprodução

Prédio da Escola Estadual Coronel Ondino Rodrigues Lima em abril de 2013

Prédio da Escola Estadual Coronel Ondino Rodrigues Lima em abril de 2013

“A infraestrutura não é mais um dos maiores problemas das escolas públicas do Estado”. A afirmação é do secretário de Educação no Estado, Ságua Moraes, durante entrevista ao site Olhar Direto. De acordo com o gestor da pasta, atualmente 90% das escolas estão reformadas e parte das que não foram já estão em processo de licitação.


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Porém, a leitura positiva do secretário contrapõe à do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes. “Temos que saber o que a Secretaria entende de estrutura e qual é o padrão de qualidade que se convencionou, pois dizer que construiu quatro paredes, colocou um quadro negro, cadeiras e giz já é o suficiente”, questionou o sindicalista.

Para Henrique, o governo precisa reaver a educação de forma que a metodologia seja condizente com os avanços tecnológicos. Segundo o secretário, o processo de reformas nas escolas iniciou em 2004 e por esta razão algumas unidades que já foram reformadas precisam de “alguns pequenos reparos”, como pintura e outros.

O sindicalista atribuiu os problemas estruturais entre uma das causas de afastamento de professores das salas de aula. Um estudo recente publicado na Revista Educação mostra que o estado de Mato Grosso lidera o número de professores que pediram exoneração em 2013. Ao todo 101 profissionais abandonaram a carreira.

Entre as causas da evasão do docente estão a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho, avaliou a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais.

Nessa mesma linha opinativa, Henrique Lopes defende a tese de que, “atualmente ser professor não é mais atrativo e essa realidade vem crescendo nos últimos anos. A maioria que desiste são os jovens que não vêm motivação para seguir a carreira”, lamentou o sindicalista.

Os professores têm deixado à sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada, concurso público ou a docência no ensino superior. O presidente do sindicato ressaltou que a realidade da educação no estado contrapõe o seu fator econômico.

Durante essa semana o Sintep/MT e o governo do Estado se reuniram e debateram a pauta de reivindicação da categoria. São dezenas de itens que mostra a insatisfação dos trabalhadores que ameaçam entrar em greve no próximo mês caso o estado não dê encaminhamento aos pontos apresentados.
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