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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

Notícias | Economia

BC vê sinais de fim da recessão no Brasil e projeta recuperação rápida

O Banco Central já vê sinais de que a economia brasileira pode ter saído do período de recessão verificado nos últimos dois trimestres. Com isso, a instituição espera um crescimento forte nos próximos seis meses em relação a esse período.


De acordo com o diretor de Política Econômica do BC, Mário Mesquita, os indicadores divulgados recentemente indicam uma recuperação, após dois trimestres seguidos de contração na economia.

"A maioria dos indicadores sugere que o piso da atividade provavelmente ocorreu na virada do ano. No entanto, a sustentação da recuperação no Brasil depende da economia mundial", afirmou.

O Banco Central revisou hoje a projeção de crescimento da economia em 2009 de 1,2% para 0,8%. A maioria dos economistas, no entanto, ainda vê um resultado negativo neste ano.

Para o diretor, a expectativa é que os próximos dois trimestres mostrem um crescimento mais forte, caso seja confirmada essa retomada da economia.

"Não seria estranho, no caso brasileiro, se imediatamente na saída de um processo de contração, você tivesse dois trimestres de crescimento mais fortes, antes de entrar em uma trajetória mais estável de expansão", afirmou.

De acordo com o BC, a redução na previsão de crescimento reflete uma expectativa de impactos maiores da crise econômica na indústria. A instituição estima uma queda de 2,2% no PIB do setor. A previsão anterior era de um aumento de 0,1%.

Serviços

Por outro lado, o desempenho do setor de serviços vem surpreendendo. Nesse caso, a previsão de crescimento subiu de 1,7% para 2,1%.

"O que chamou a atenção nos dados mais recentes foi o dinamismo no setor de serviços a despeito do comportamento mais fraco na indústria", afirmou Mesquita.

Para o BC, esse comportamento do setor de serviços pode explicar a surpresa da maioria dos economistas com o desempenho da economia no primeiro trimestre, que mostrou uma queda de 1,8%, menor que a estimada.

Segundo Mesquita, há mais dificuldade para se fazer projeções em relação aos serviços, devido a uma escassez maior de dados, do que em relação à indústria e à agropecuária. Além disso, a mudança no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país), deu mais peso a esse setor.

"A explicação para as previsões, que eram mais negativas do que o número que saiu, pode estar relacionada ao comportamento do consumo e ao setor de serviços. Essa mudança na série do IBGE, com mais peso no setor de serviços, também pode ocasionar essas surpresas."

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