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Sábado, 27 de abril de 2024

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Assassinato brutal

Defensor diz que argentino é psicopata e deveria ser internado

O defensor público Altamiro Araújo Oliveira, que atua no caso de Jorge Santiago Demétrio, de 36 anos, conhecido como “Argentino”, acredita que o réu sofre de psicopatia e que deveria cumprir pena internado em um manicômio judiciário, e não no sistema prisional normal. O réu foi condenado ontem a 27 anos e oito meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de estupro e ocultação de cadáver de uma menina de 13 anos.


Altamiro, em entrevista ao Olhar Direto, chega a fazer um paralelo entre Demétrio e Edson Delfino, que estuprou e matou o menino Kaytto no mês de Abril. Delfino já havia cometido crime semelhante em 1999, em Primavera do Leste. Foi preso, condenado, ingressou no sistema prisional comum e, gozando de bom comportamento, teve uma progressão de regime, passando a cumprir a pena no sistema semi-aberto. Porém, pouco tempo depois de ter voltado ao convívio social, Delfino cometeu o mesmo tipo de crime bárbaro de antes, desta vez tirando a vida de Kaytto, de apenas 10 anos.

O defensor faz a comparação insinuando que esse pode ser o mesmo caminho de Demétrio. “A possibilidade de reincidência é altíssima. Apesar de, para nós, parecer algo monstruoso, é um modo de vida que a pessoa assume”, diz Oliveira. Ele defende que Demétrio é um psicopata.

Baseado nisso, o defensor disse que procurou fazer uma defesa técnica, não negando que Argentino tivesse matado a garota, mas procurando uma pena mais adequada, que seria a internação em manicômio judiciário.

“Psicopatia não tem cura. Enquanto eles forem vivos, terão esses tipos de desejos animalescos”, alerta o defensor, prevendo que, no sistema normal de reclusão, Demétrio poderá, em alguns anos, voltar ao convívio social normalmente, com uma alta possibilidade de reincidência.


O crime do Argentino

Jorge Santiago Demétrio matou a menina Bruna Jéssica Florão, de 13 anos. O crime aconteceu no dia 21 de setembro de 2007, na casa dele, na Avenida Presidente Marques, em Cuiabá. O corpo da vítima foi encontrado embaixo da cama do argentino com uma camiseta inteira colocada na boca, causando a asfixia, e outra tampando o rosto, amarrada por um elástico envolto no pescoço da menina. Ela estava apenas de calcinha, com marcas de mordida na região peitoral, o rosto queimado com cigarro, arranhões e uma lesão na cabeça, causada por uma pancada desferida com um pedaço de madeira.


O julgamento

O julgamento que condenou Demétrio a mais de 27 anos de prisão aconteceu nesta quinta-feira, 25, e durou por 12 horas. Seis testemunhas prestaram depoimento.

O réu falou por 1h30 à juíza Mônica Catarina Perri e mudou a versão contada na fase de inquérito policial, quando disse ter consumido droga e só retomado a consciência depois, sem se lembrar dos fatos.

Em juízo, Demétrio disse que Bruna foi à sua casa, no dia do crime, por volta de 6 horas para comprar uma pulseira, feita pelo artesão. Ele afirmou que estava fumando pasta-base em um cachimbo e que a menina havia perguntado para o que aquilo servia. Ele disse que, então, autorizou a menina a fumar. Feito isso, a menina teria começado a ficar roxa, sem ar. Bruna teria desmaiado e caído no chão, batendo a cabeça na cama, segundo Demétrio.
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