A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira (1º) perícia técnica na residência onde duas crianças morreram carbonizadas, no Bairro Areão, em Cuiabá. As vítimas são dois irmãos de 5 anos de idade, sendo um deles filho adotivo, que brincavam dentro da despensa, por volta das 11h de quarta-feira (31), quando o fogo começou. A casa é um sobrado, no Residencial Guanabara, e a despensa fica no primeiro andar.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ainda não há informações sobre o que teria provocado o incêndio e as causas ainda estão sendo investigadas. As crianças estavam sob os cuidados da irmã mais velha, uma adolescente de 15 anos, que estava no andar de cima da casa. Ela relatou aos bombeiros que sentiu o cheiro da fumaça e desceu para verificar o que estava ocorrendo. Ao chegar à despensa, o fogo já tinha se alastrado por todo o local e as crianças estavam mortas.

Ainda segundo relato da adolescente, os irmãos foram encontrados abraçados. Os vizinhos ainda tentaram ajudar e usaram extintores para apagar as chamas, mas não conseguiram e acionaram o Corpo de Bombeiros. A mãe das crianças é uma policial militar, de 38 anos, e estava trabalhando na ocasião. Ela soube da tragédia no momento em que chegava a casa trazendo o almoço para os filhos. A policial militar ficou em estado de choque e foi acolhida por familiares que se encontravam na residência.

A Polícia Civil informou que a mãe e a filha adolescente vão prestar depoimento no inquérito aberto para apurar o incêndio. A família está abalada com o fato e, por isso, a data ainda não foi agendada. Ao G1, o tenente coronel dos bombeiros, Vagner Santino, que atendeu a ocorrência, informou que o incêndio ficou restrito à região da despensa da casa e não há como afirmar qual foi o motivo do fogo. "Quando chegamos os corpos já estavam carbonizados. O fogo se alastrou muito rápido e a irmã mais velha contou que não deu tempo para regastar os irmãos", declarou.

Os corpos das crianças foram veladas na manhã desta quinta-feira , no Comando Geral da Polícia Militar, localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA. O enterro ocorreu no cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.