A coreografa Deborah Colker quase foi impedida de viajar com o seu neto na última segunda-feira (19). De acordo com testemunhas, os tripulantes acharam que a criança estava com uma doença contagiosa na pele, o que na verdade era uma epidermólise bolhosa – uma doença rara e não transmissível que causa bolhas na pele e na mucosa.
A dermatologista Samar El Harati, do Hospital São Luiz, apontou que a doença é hereditária e não tem cura, mas que pode ser controlada ao longo da vida.
— Só um leigo para dizer que a doença era contagiosa. Existem casos onde são mais superficiais e outras mais profundas que podem chegar aos ossos, mas não há como serem contagiosas.
As bolhas podem se formar também por quedas ou batidas na pele - antes de cicatrizar, ela abre e deixa o corpo suscetível a diversas infecções.
— A doença só pode ser letal quando ela é epidermólise bolhosa juncioval, um caso mais grave e ainda mais raro da doença que chega a matar logo no nascimento.
Por ser uma doença hereditária, é geralmente diagnosticada logo no nascimento do bebê ou nos primeiros meses de vida. As bolhas são o principal sintoma, mas só uma biopsia pode definir o diagnostico.
— Quem tem a doença precisa ter um cuidado especial com a pele, evitando roupas justas e apertar as bolhas que aparecem.