O Ministério da Saúde lançou no início do mês de junho, Campanha Nacional de Doação de Sangue, com o slogan “Entre para a Corrente Sanguínea. Doe e convide alguém a doar”. Esta nova Campanha do Ministério tem como ideia transformar o ato de doar em um hábito de vida saudável, principalmente entre o público jovem entre 18 e 30 anos.
Em Mato Grosso a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do MT Hemocentro já trabalha com esse público desde o ano passado, com ações estratégicas incluídas no Plano Diretor, bem como a realização de palestras em escolas públicas e particulares de 2º grau e nas Universidades com a realização de trotes educativos.
A diretora técnica do MT-Hemocentro, Carla Marques Rondon, explica que dessa forma é possível criar uma corrente de doação, onde cada doador chama mais um doador. “O público jovem é um foco especial para ser trabalhado, pois sempre que fazem algo que consideram importante e saudável, eles convidam os amigos a tomarem a mesma atitude. E o ato de doar sangue é mais um meio de amizade, pois o ator de doar, é uma forma de amor, fraternidade e solidariedade”, declarou a diretora técnica.
Carla Marque frisa ainda que o Ministério da Saúde estabeleceu como meta nacional, uma cobertura de 30%. Mato Grosso já vem ultrapassando o patamar, alcançando 47.4%. Segundo ela, com essa divulgação em nível nacional de atrair o público mais jovem, esperamos chegar a um percentual de 50% de doadores desta faixa etária. “Precisamos sempre sensibilizar o maior número de pessoas a se tornarem doadores regulares de sangue, de forma que o MT-Hemocentro consiga sempre atender a demanda de sangue no Estado”.
O Ministério da Saúde publicou um perfil dos brasileiros doadores de sangue mostrando que entre todos que doaram sangue nos últimos cinco anos (média de 1,8% da população brasileira), 40% o fizeram, pelo menos, duas vezes ao ano – o que é considerado por especialistas um índice baixo. Os homens são responsáveis por mais de 70% das doações e a faixa etária mais atuante, 50%, é de jovens entre 18 e 29 anos.
“As principais causas de o brasileiro não ser doador frequente é a falta de informação sobre a importância e a necessidade de se doar, a falta de motivação, alguns mitos que envolvem o processo e a ausência de cultura de uma doação regular. Doar sangue não dói, é fácil, rápido, não afeta a sua saúde e várias vidas são salvas. A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue em seu organismo. Durante a doação, são coletados no máximo 450 ml de sangue”, disse a diretora.
DOAÇÃO DE SANGUE- As pessoas que forem doar sangue devem gozar de boa saúde, apresentar documento com foto, válido em todo território nacional, ter entre 18 e 65 anos de idade e pesar acima de 50 kg. A doação de sangue pode ser feita em um hemocentro ou em uma unidade de coleta mais próxima.
Doadores nunca devem doar sangue em jejum, devem fazer um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação, não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores, deve evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação e devem evitar alimentos gordurosos no dia da doação.
Não podem doar sangue pessoas que tiveram diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade, mulheres grávidas ou amamentando, pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas, usuários de drogas e aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.
Após a doação o doador pode, posteriormente, conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectam doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatite B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo.
“A doação é um ato cívico, um comprometimento social. O sangue é um bem que não pode ser produzido artificialmente e somos obrigados a coletar de um indivíduo para utilizar em outro. É importante que a população crie uma cultura de doação. para mantermos os estoques de sangue seguros durante todo o ano”, finalizou Carla Marques.
