Os vereadores da base governista cobraram do presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), que as sessões ordinárias sejam realizadas em outro prédio até que as deficiências da rede elétrica do Palácio Pascoal Moreira Cabral sejam sanadas. Os parlamentares avocaram o Parágrafo 1º do Artigo 3º do Regimento Interno da Câmara para assegurar a continuidade do funcionamento do plenário da Casa de Leis.

O secretário geral da Câmara, ex-deputado Aparecido Alves Oliveira, concorda que o Regimento Interno permite a realização de sessões fora do prédio, mas faz uma ressalva. “Eu não desejo contestar ninguém [dos vereadores governistas]. Mas apenas lembrar que o Regimento diz que há necessidade de aprovar data e horário da sessão que será realizada fora do Plenário das Deliberações do Palácio Pascoal Moreira Cabral”, justifica Cido Alves, braço direito de João Emanuel na gestão da Casa.

“É um absurdo que a Câmara de Cuiabá, Capital de Mato Grosso, não esteja funcionando por uma simples questão de falta de energia. É um disparate”, lamenta o vereador Dilemário Alencar (PTB). “Estamos apelando para o senhor presidente para que cumpra o Regimento Interno e realiza sessão em outro ambiente”, emenda Alencar.

O vereador Mário Nadaf (PV) afirma que o Regimento Interno é taxativo. “A sessão pode ocorrer até mesmo numa sala de aula de escola municipal ou em outro local. A cidade com tantos problemas a serem discutidos e a Câmara mantida sob sete chaves, pelo presidente”, disse Nadaf, apontando para dezenas de manifestantes do Jardim Renascer, impedidos de entrar na Câmara.

O vereador Renivaldo Nascimento (PDT) assegura que questão meramente física não representa empecilho para que as sessões sejam suspensas. “É de extrema urgência que se busque outro local. Pode ocorrer sessão até mesmo no auditório de uma entidade comunitária”, afiança Renivaldo.

Aparecido Alves afirma que realizar sessão fora do Palácio Moreira Cabral não é tão simples assim. “Há necessidade de aprovação [da data e local] em plenário, previamente; deslocamento de equipamentos de som, equipe de notas taquigráficas, bancadas, cadeiras, água, cafezinho e todo suporte exigido por uma sessão”, emenda o secretário geral da Câmara.

A expectativa é de que até terça-feira (10/09) o problema esteja resolvido e o Plenário das Deliberações volte a abrigar as sessões ordinárias do Poder Legislativo da Capital.