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Quarta-feira, 29 de maio de 2024

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'CAPITAL DO NORTÃO'

Sinop 39 anos: desbravador lembra-se da luta contra o isolamento

Vencer a distância, o isolamento e a malária. Essas eram as principais dificuldades encontradas pelos desbravadores da época.

Foto: Acervo Luz Erardi

Sinop 39 anos: desbravador lembra-se da luta contra o isolamento
Sinop completa neste sábado 39 anos de fundação e 35 de emancipação. Cidade próspera (4ª maior de Mato Grosso) com 123 mil habitantes, economia forte, polo educacional, IDHM de 0,754 – considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).


Mas, antes de tudo isso acontecer, foi necessário abrir as picadas no meio do Sul da floresta amazônica. Vencer a distância, o isolamento e a malária. Essas eram as principais dificuldades encontradas por Valdivino Pereira Sprindia, o “Seo Vilela”, 69 anos.

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Vilela chegou à Gleba Celeste, onde hoje está Sinop, antes mesmo dos fundadores Ênio Pipino e João Pedro. Segundo Vilela, ele fora contratado por Pipino, em 1962, ainda com 18 anos, para “abrir as picadas” no meio da floresta amazônica onde hoje está a cidade de Vera (80 km de Sinop).

Naquela época, os colonizadores acreditavam que a BR-163 passaria por Vera e resolveram abrir aquela área por primeiro. Porém, logo foi constatado que a rodovia federal passaria mais ao Oeste do planejado. Então foi designada a Seo Vilela a tarefa de abrir picadas para as ruas onde seria construída a “Capital do Nortão”.

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Mineiro, de São João Del Rey, Vilela conta a história à reportagem como se a estivesse vivendo novamente, com emoção nas palavras. A distância de Chapada dos Guimarães, que era a sede do município até 1979, era um dos principais entraves para permanecer na clareira aberta no meio do mato.

Conforme Valdivino foi a determinação dos fundadores que o fez acreditar em Sinop e permanecer no local. “Cheguei a pensar em desistir e voltar para trás, mas seu Ênio Pipino sempre me falava com otimismo que aqui seria construída a melhor cidade do Nortão”.

A malária, doença que faz tremer de frio embaixo do sol quente, chegou a espantar muita gente, que colocou a “mala nas costas” e retornou para onde veio. Vilela afirmou que uma vez, chegou às margens do rio Teles Pires e viu macacos tremendo de frio em pleno meio dia e calor escaldante. “Nunca tinha visto aquilo e fiquei com muito medo”.

Contudo, Seo Vilela não desanimou e se orgulha de viver no município que viu crescer. “Cheguei aqui e encontrei somente mata fechada. Hoje Sinop é a maior cidade do Nortão, sendo exemplo para muitos que não confiavam no projeto”.

Atualmente Vilela está aposentado e vive em uma fazenda, a cerca de 50 quilômetros da sede do município.
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