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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Economia

Construção civil satisfeita com a prorrogação do IPI

O setor da construção civil no país comemora a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão que se estende até o dia 31 de dezembro de 2009, ou seja, por seis meses, foi anunciada nesta segunda-feira (29.06) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com a medida, a desoneração deve ser mantida inalterada, pois esse é um setor estratégico e que sente os efeitos muito lentamente.


Uma das expectativas do Governo Federal com a prorrogação é que os compradores dos imóveis do programa habitacional "Minha casa, minha vida" possam ser beneficiados com a ação. Além deles, muitos brasileiros que tiraram projetos da gaveta e começaram reformas e obras poderão finalizá-las com a prorrogação do benefício fiscal.

Com a continuidade da medida as lojas de materiais para construção da Grande Cuiabá se sentem aliviadas, assim como os consumidores. O ciclo de uma obra varia de seis meses a dois anos, o que impede que os resultados da desoneração do IPI sejam sentidos no curto prazo. Ao contrário de outros setores, a indústria de materiais para construção não trabalha com estoques elevados e precisa se planejar.

A expectativa por parte das lojas do segmento é de crescimento. Na visão do gerente de Marketing do Grupo Todimo, Tiago Guimarães, as vendas devem aumentar de 7% a 10%. “Com a prorrogação, os preços continuam baixos e os descontos podem ser ainda maiores que a redução de IPI”, revela.

Para o advogado tributarista Darius Canavarros, o governo tomou a atitude certa em continuar com a desoneração. Ele avalia que o Brasil está num momento de mostrar aos governos o poder dos benefícios fiscais. “Quando bem adotados, esses benefícios servem como mecanismos de atração de investimentos e de crescimento econômico”, frisa o advogado.

Além dos 30 itens-alvo da desoneração estão o cimento, tintas e vernizes, massa de vidraceiro, revestimentos não-refratários para alvenaria, argamassas, banheiras, boxes para chuveiros, pias e ferragens, além dos vergalhões de cobre. Tiago Guimarães acredita que a grande oportunidade para o cliente está no acabamento. “Este período da reforma é muito oneroso, porém, com a diminuição do imposto o cliente poderá economizar até 35% em relação ao valor anterior à medida”, constata o gerente.

RESULTADO

A redução do IPI para os materias de construção entrou em vigor em 1º de abril. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz, mesmo com apenas 16 dias úteis naquele mês, foi registrado aumento de 25% na venda dos produtos desonerados no período. Já em maio, o crescimento das vendas foi de 10%. No acumulado do ano, em comparação a 2008, houve estabilidade.

Entretanto, Conz considera esse um dado positivo. "Isso porque mantivemos os mesmos índices do ano passado, quando tivemos recorde de faturamento, correspondente a R$ 43,23 bilhões, 9,5% a mais que em 2007", argumenta.
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