O adolescente de 15 anos que desferiu e por pouco não matou um companheiro de classe com uma facada no peito, se apresentou à polícia e alegrou legítima defesa no ato criminoso. O motivo da facada seria uma briga em que o autor do crime estava tendo com o irmão da vítima, que entrou e acabou sendo agredido, dentro de uma escola no Distrito de Cangas, em Poconé.

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A ocorrência aconteceu por volta de oito horas de quinta-feira (12), quando os envolvidos no caso estavam estudando na Escola Estadual Francisco Correia. Acompanhado pelo padrasto, o menino confessou ter cometido a agressão e em seguida foi liberado, pelo delegado Rodrigo Bastos da Silva, da delegacia regional de Poconé.

Em seu relato, W.C.S.A, 15, disse que estava apanhando muito em sala de aula e que na hora do crime ele estava sendo segurando por um dos irmãos enquanto o outro lhe dava vários socos na barriga. Quando conseguiu se safar dos socos, alcançou uma faca que estava em cima da mesa e cortou um dos agressores e em seguida fugiu. O delegado o perguntou sobre o motivo de a faca ter sido levada para a sala, W.C respondeu que era usada para apontar lápis.

Após o depoimento, o adolescente acabou o liberando e caberá ao Ministério Público decidir se representa ou não, no Judiciário, pela internação dele.

Caso decida representar pela apreensão do menor, surgirá um velho problema que já conhecido pelo Ministério Público de Poconé: a falta de vagas no Centro Socioeducativo de Cuiabá, no Complexo do Pomeri, uma vez que a cidade, onde o menor praticou o crime, não dispõe de local para ele ficar detido.

De acordo com o site Poconet, o rapaz foi liberado após ser ouvido, porque não foi autuado no flagrante. Até houve buscas por parte da Polícia Militar e da Polícia Civil, mas sem obter sucesso, as buscas foram suspensas. Assim, quando o adolescente se apresentou nesta sexta-feira por volta das 11h acompanhado do padrasto, não era mais possível autuá-lo em flagrante.

Um procedimento de ato infracional por tentativa de homicídio já foi instaurado pelo delegado. Agora, o próximo passo é ouvir as testemunhas que presenciaram o fato, ocorrido por volta das 8h dentro da sala de aula, na quinta-feira. As intimações para alunos e professores da escola foram expedidas na sexta-feira e as testemunhas deverão ser ouvidas a partir de segunda-feira (16).