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Sábado, 27 de abril de 2024

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Meu pai não é apegado a cargo, afirma Roseana Sarney

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), falou ontem abertamente sobre a possibilidade de José Sarney (PMDB-AP) se afastar da presidência do Senado e afirmou que seu pai não é apegado a cargo. "O meu pai não é apegado a cargo. Nunca foi. Se ele achar necessário sair, ele sai. Não vai fazer nenhuma diferença para ele", disse.

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), falou ontem abertamente sobre a possibilidade de José Sarney (PMDB-AP) se afastar da presidência do Senado e afirmou que seu pai não é apegado a cargo, informa reportagem de Adriano Ceolin, publicada nesta quarta-feira pela Folha.


"O meu pai não é apegado a cargo. Nunca foi. Se ele achar necessário sair, ele sai. Não vai fazer nenhuma diferença para ele", disse.

Roseana contou que ficou surpresa com a decisão do DEM de pedir que Sarney peça licença. Na eleição para presidente do Senado em fevereiro, o partido apoiou o peemedebista contra a candidatura de Tião Viana (PT-AC).

"De alguma forma, surpreende sim. Ele [DEM] foi um aliado na eleição da Mesa."

A governadora afirmou ainda que o pai está sendo "injustiçado" porque já fez reformas na Casa. Licenciada do governo do Maranhão porque se recupera de sua 21ª cirurgia, Roseana tem ficado próxima ao pai nos últimos dias.

A bancada do PT adiou para hoje uma definição se vai apoiar ou pedir o afastamento do presidente do Senado. DEM, PSDB e PDT pediram o licenciamento do político, envolvido em escândalos na Casa.

Segundo o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), o partido vai conversar nesta quarta-feira com Sarney e apresentar propostas para contornar a crise que arranha a imagem da instituição. Para a oposição, o afastamento é importante para dar credibilidade às investigações.

Em sua única manifestação oficial ontem, a assessoria do peemedebista informou que "a hipótese de afastamento não está em análise". Sarney presidiu a sessão pela manhã no Senado, mas não a da tarde, como estava previsto.

Os três partidos que pediram o afastamento de Sarney têm 32 dos 81 senadores --menos do que os 41 necessários para votar a cassação de um mandato. Entre os aliados, ele conta com 17 dos 19 votos no PMDB a seu favor. Com sete senadores, o PTB fechou questão em apoio a Sarney. O PT, com 12, está dividido.

A principal sugestão do PT para contornar a crise é a criação de uma comissão de senadores de vários partidos e consultores da Casa que busque uma reforma administrativa em conjunto com a Mesa Diretora.

Os petistas querem propor a criação de uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal com metas para serem seguidas, incluindo a redução de despesas, além de estabelecer mecanismos de controle e definir o fechamento de departamentos do Senado, como o ILB (Instituto Legislativo Brasileiro) e o serviço médico.

A líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), disse que Sarney é um dos que têm culpa pelos desmandos administrativos, mas "não pode ser o único responsabilizado". Para Mercadante, o objetivo é "discutir uma proposta para colocar em funcionamento o Senado, reconstruindo a instituição".

A pressão pela saída de Sarney aumentou depois da descoberta que seu neto é dono de uma empresa que negocia contratos de empréstimos consignados com funcionários do Senado. Vários parentes de Sarney foram empregados em gabinetes de outros senadores por meio de nomeações em atos secretos.
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