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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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FALTA NOME

Mesmo sob pressão de Silval por causa da greve dos professores, PT finca o pé em manter controle da Seduc

Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT

Ságuas Moraes com Silval Barbosa: passagem pela Seduc termina com turbulência, por causa da greve dos professores

Ságuas Moraes com Silval Barbosa: passagem pela Seduc termina com turbulência, por causa da greve dos professores

A saída do deputado federal Ságuas Moraes (PT) da titularidade da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados, tende a ser mias complicada do que se esperava. O governador Silval Barbosa (PMDB) estaria tentando ‘despetizar’ a Seduc, reduzindo o poder da legenda na pasta, principalmente por causa do desgaste acumulado pelo governo em mais de dois meses de greve dos professores.


Leia Mais: Sobre corte de ponto de professores grevistas, Riva diz que imposição de Silval é da época da ditadura

Todavia, a direção do Partido dos Trabalhadores já iniciou a discussão para definir o novo nome que irá assumir o comando da Seduc. A Secretaria é controlada pelo PT desde 2007, no segundo governo do atual senador Blairo Maggi.

O presidente estadual do PT, William Sampaio, observa que a agremiação avalia o envio de uma lista tríplice a Silval, com os nomes indicados, até a próxima semana. Ele revela que aguarda o agendamento de uma audiência com o governador.

“Ainda não chegamos a uma definição [sobre o nome], mas temos discutido internamente”, revela Sampaio. Ele admite que não há consenso entre os dirigentes do PT, mas deve-se chegar a uma decisão, em breve.

Entre os nomes mais fortes, estão o ex-deputado Carlos augusto Abilcalil e o deputado estadual Alexandre César, líder do PT na Assembleia Legislativa. Correm por fora a ex-secretária Rosa Neide Sandes, que já dirigiu a Seduc em duas ocasiões, por indicação do PT, e o ex-vereador Lúdio Cabral, pré-candidato a deputado federal.

Como não é candidato a mais nada e ter a simpatia do Palácio Paiaguás, cresce a chance de Alexandre Cesar assumir a pasta. Rosa Neide enfrentaria resistência por parte da Assembleia Legislativa e dentro do próprio PT.

“Não é uma questão de interesse pessoal e, sim, porque eu recebi uma missão no parlamento: sou líder do partido, sou vice-presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia. Quero concluir o mandato”, argumenta o líder petista no Poder Legislativo.

“Precisamos avaliar o papel e as políticas de responsabilidades do PT”, emenda Alexandre César.

Quem substituir Ságua na Seduc terá responsabilidade ampliada, porque o governo Silval enfrenta grave crise por conta da greve dos professores.

Justamente por causa da greve, Silval Barbosa estaria pensando numa forma de reduzir o poder do PT na direção da Seduc. No passado recente, a demissão traumática da então secretária adjunta Vanice Marques, irmã do deputado Airton Português (PSD), após trombada com Ságuas, por pouco não provoca uma ruptura do partido do vice-governador Chico Daltro (PSD) com Silval. Ainda hoje a ferida não cicatrizou e não são raros os ataques de Airton Português à Seduc.

De saída

Depois de cinco anos à frente da Seduc, Ságuas Moraes deixará o cargo de secretário para assumir a vaga deixada pelo deputado Homero Pereira (PSD), que se aposentou na Câmara Federal, por motivo de saúde. Homero enfrenta uma luta hercúlea contra câncer no estômago e, por orientação médica, vai concentrar esforços em seu tratamento, nos Estados Unidos.

Duas vezes prefeito de Juína e três vezes deputado estadual, Ságuas toma posse na próxima terça-feira, dia 8 de outubro.
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