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Domingo, 19 de maio de 2024

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Programa 'Mais Médicos' camufla precariedade das unidades pública de saúde, aponta CRM

Foto: CRM-MT

Programa 'Mais Médicos' camufla precariedade das unidades pública de saúde, aponta CRM
Em uma das mesas do único hospital público de Tangara da Serra, a 240 quilômetros de Cuiabá, estão empilhadas seiscentas mamografias sem laudo médico. Esse montante vem aumentando desde fevereiro deste ano devido a falta de médico para diagnóstico dos resultados.


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Assim como em Tangará, habitantes de outros municípios do estado de Mato Grosso padecem com a falta de assistência médica, igualmente, os médicos que se aventuram para o interior sofrem com a falta de recursos para atender essa população.

Uma das soluções apresentadas pelo Governo Federal foi o programa “Mais Médicos” que propõem a importação de médicos estrangeiros para cidades distantes dos grandes centros. Apesar de a proposta parecer uma resposta positiva, por traz dela está um problema bem maior e mais caro de se resolver.

Pelo menos essa é a visão do recém-empossado presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Gabriel Felsky dos Anjos, que garantiu que, “eles [governo Federal] construíram esse programa para abafar um programa maior que sairia até mais caro do que a contratação de médicos estrangeiros”. Para ele, a falta de insumos que vão desde um esparadrapo a um leito impossibilita um atendimento médico condizente.

“Não adianta um médico ir para Nova Canarana e não ter um esparadrapo para um curativo, mamografia, leito. Não existe um programa de estrutura no país, e, agora o governo decidiu desviar o foco e dizer que falta médico, Aliás, em alguns locais faltam sim, mas é devido a falta de estrutura”.

As falas do atual presidente do CRM –MT apenas descreviam as imagens projetadas na parece do auditório do órgão em uma das últimas atuações da agora ex-presidente do Conselho Dalva Queiroz, na última semana. Paredes danificadas pelo mofo, rachaduras, equipamentos quebrados fazem parte da realidade de grande parte das unidades de saúde do interior e até mesmo das grandes capitais.

“Há dois anos e meio que estou a frente da gestão e não houve nenhum avanço na área da saúde. A população continua morrendo e tendo um atendimento que não é digno, não tem humanista. Falta estrutura para esses médicos trabalharem”, avalia Dalva.

Indignada com a falta de solução do Governo estadual, para com os problemas da saúde a médica revela que durante toda sua gestão teve como respostas afirmativas que não passaram de discurso feitos por governantes.

“Eles sempre dizem, ‘vamos resolver, vamos licitar o Hospital Regional de MT’, é sempre licitação, é aquilo que sai na imprensa depois morre. Se hoje nós formos reclamar da falta de remédio, eles respondem que, ‘a licitação está em andamento’, porém o remédio não pode faltar, onde está o planejamento?”, conta.

Enquanto o Conselho e Governos debatem sobre melhorias para a saúde, o médico que assiste a população de Tangará da Serra abre a janela da sala de atendimento para que a luz entre, pois somente assim ele consegue examinar o paciente que padece na maca do Programa Saúde da Família
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