A coordenadora da bancada de Mato Grosso, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), foi convocada pelo líder do PT, senador Aloísio Mercadante, para analisar a possibilidade de a bancada petista retirar o apoio ao presidente da mesa diretora do Senado, José Sarney 9PMDB-AP), pressionado por sucessivos escândalos no caso "ato secretos".
Serys, em princípio, é contra a renúncia de Sarney, conforme antecipou o Olhar Direto, ontem, sob alegação de que só o parlamentar maranhense, que foi eleito pelo Amapá, poderá resolver o imbróglio causado por 14 anos de desmandos, atos ilegais, desvio de recursos, pagamentos indevidos etc.
Nos bastidores do Senado, parlamentares, articulistas e assessores já dão como certa a renúncia de Sarney, que teve vários parentes e afilhados políticos nomeados via atos secretos, ou seja, que não foram lançados oficialmente e sobre os quais há denúncias de pagamento de gratificações, benefícios e horas extras de forma devida.
O motorista de Serys, Júlio César Cecílio, e a servidora graduada Solange Amarolli foram citados nos escâncalos. Cecílio é um dos 633 servidores nomeados via ato secreto. Solange Amarolli recebia seus proventos do gabinete da senadora, mas mora nos Estados Unidos há mais de dois anos, em Washington, distrito de Bhetsada.