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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Azul na final

Cruzeiro transforma Grêmio em mortal e avança à final

O Grêmio fez o possível para justificar a fama de imortal nesta quarta-feira. Impediu que o Cruzeiro vencesse como uma avalanche no estádio Olímpico ao alcançar um empate por 2 a 2 no segundo tempo. Mas foram os mineiros os classificados à final da Copa Libertadores da América, pois haviam ganhado por 3 a 1 em Belo Horizonte.

O Grêmio fez o possível para justificar a fama de imortal nesta quarta-feira. Impediu que o Cruzeiro vencesse como uma avalanche no estádio Olímpico ao alcançar um empate por 2 a 2 no segundo tempo. Mas foram os mineiros os classificados à final da Copa Libertadores da América, pois haviam ganhado por 3 a 1 em Belo Horizonte.


O adversário do Cruzeiro na decisão da principal competição da América do Sul será o Estudiantes, nos dias 8 e 15 de julho. Com o primeiro jogo na Argentina e o decisivo no Brasil. A equipe dirigida por Adilson Batista avançará à decisão empolgada pelos dois gols que o atacante Wellington Paulista marcou no Olímpico.

Rever e Souza igualaram o placar na etapa complementar, quando Elicarlos ouviu insultos racistas de alguns torcedores. Mas o Grêmio acabou eliminado como mais um mero mortal. Assim como o rival Internacional na Copa do Brasil, que também perdia por 2 a 0 para o Corinthians na quarta-feira e chegou ao empate no estádio Beira-Rio.

Com desempenho pífio sob o comando de Paulo Autuori (em 10 jogos, foram duas vitórias, três derrotas e cinco empates), o Grêmio agora voltará a se preocupar com o Campeonato Brasileiro. Receberá o Atlético-PR no estádio Olímpico, domingo. O Cruzeiro irá ao Serra Dourada para enfrentar o Goiás no mesmo dia.

O jogo - Óscar Ruiz chamou a atenção pelo uniforme amarelo-choque assim que entrou em campo. Os torcedores do Grêmio imediatamente pararam de gritar e pular para vaiar o árbitro colombiano, que fez jus a mais insultos em seguida. O minuto de silêncio concedido por ele demorou quase três minutos, para insatisfação geral do público.

Os gremistas tinham pressa. Precisando de ao menos dois gols para deixar o Olímpico satisfeitos, voltaram a ficar inconformados no momento em que o goleiro Fábio passou a valorizar a posse de bola para o Cruzeiro. Cantar foi a solução do público para minimizar a impaciência. Com sinalizadores, tentaram ajudar o Grêmio a encontrar o caminho do ataque. Era pela esquerda.

Aproveitando os espaços abertos por Jonathan, o Grêmio começou a incomodar a defesa adversária. Principalmente através do atacante Máxi López, acusado de racismo por Elicarlos no último confronto com o Cruzeiro. O argentino criou as duas primeiras chances de gol de sua equipe. Mas estava impedido aos quatro minutos e chutou por cima do travessão aos 11.

A pressão do Grêmio aumentou a partir dos 20 minutos. Em uma cobrança fechada de escanteio, o argentino Herrera ficou com o rebote e finalizou pelo alto. O goleiro Fábio levou susto ainda maior pouco depois. Tcheco cruzou para trás e Fábio Santos bateu de primeira para o gol. O cruzeirense fez a defesa e respirou ainda mais aliviado porque Óscar Ruiz não assinalou pênalti sobre Herrera em seguida.

Os torcedores do Grêmio reclamavam enfurecidamente do colombiano, mas mantinham as esperanças. Wellington Paulista acabou com elas em menos de dois minutos. O atacante que quase foi anunciado como reforço do time gaúcho recebeu cruzamento rasteiro de Kléber e abriu o placar aos 34. E aproveitou falha da defesa gremista para ampliar com cabeçada aos 36, depois de cruzamento da direita de Jonathan.

Os gremistas se calaram. Alguns deixaram o estádio. Muitos dos que enfrentavam um enorme tumulto para entrar no Olímpico do lado de fora desistiram e também retornaram para casa. A festa era da torcida do Cruzeiro, que fazia até movimento de "avalanche" no setor visitante. No gramado, o polêmico Kléber também provocava os rivais com diversas fintas de um lado para outro até o intervalo.

No segundo tempo, a mudança do Grêmio foi de postura. O técnico Paulo Autuori preferiu esperar para promover substituições na sua equipe, que precisava de uma goleada por 5 a 1 para evitar a eliminação. "Quem sabe não acontece um outro milagre para o Grêmio", sonhou o volante Túlio, cabisbaixo, enquanto a torcida já parecia a acreditar novamente no time. O público cantava de novo nas arquibancadas.

O entusiasmo cresceu aos nove minutos. Tcheco cobrou escanteio na área e Rever cabeceou para as redes: 2 a 1. O Grêmio só não contava com uma falta violenta de Adílson sobre Wagner. O jogador foi expulso e deixou o campo ovacionado, porém sua equipe ficou outra vez em dificuldades. A força ofensiva dos gaúchos diminuiu sensivelmente.

Aos 19 minutos, alguns torcedores encontraram motivo para manifestações mais irritadas. Elicarlos entrou no lugar de Gerson Magrão e ouviu isolados gritos de "macaco", mesma ofensa que Máxi López teria feito ao cruzeirense no Mineirão. Mas não demorou muito para a maioria silenciar. Já havia quem chorasse no Olímpico após os 25 minutos da etapa complementar.

Souza, então, reascendeu a fama de imortal do Grêmio. Aos 29, o meia acertou um belo chute de longa distância para reanimar o time e a torcida gaúchos. Experiente, no entanto, o Cruzeiro soube administrar a posse de bola nos minutos finais e transformar o adversário em mais um mortal. Sob aplausos do público ao time.

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