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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Agronegócios

em Belém

Senado faz audiência pública para tentar resolver embargo à carne

Uma audiência pública do Senado realizada no auditório da Assembléia Legislativa do Pará, em Belém, com mais de 500 pessoas.

Uma audiência pública do Senado realizada no auditório da Assembléia Legislativa do Pará, em Belém, com mais de 500 pessoas, a maioria produtores rurais preocupados com o embargo à carne do estado. Nesse ambiente os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Neuto de Conto (PMDB-SC) e Valter Pereira (PMDB-MS), presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ouviram ontem (2), pela primeira vez, as colocações do Ministério Público Federal (MPF) sobre a questão.


A alta temperatura dentro do auditório durante as quatro horas de audiência que se estenderam até uma parte da noite, não se deveu apenas à superlotação do local. Em diversos momentos, deputados e representantes da cadeia produtiva confrontaram suas idéias com as do procurador público José Augusto Potiguar. O deputado Valtir Colatto (PMDB-SC) pediu que as ações ajuizadas pelo MPF contra pecuaristas e frigoríficos do estado por contribuírem para o desmatamento da Amazônia fossem suspendidas por 90 dias.

O procurador disse que, apesar de estar sendo concluída a elaboração de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), não há como suspender as ações. Ele disse ainda que a postura do MPF no Pará deve se repetir em outros lugares. “O que fizemos é uma rotina e será feito em outros estados também. Creio que o Pará sai na frente dos outros pois fará suas adequações antes”, afirmou.

Potiguar afirmou que o MPF apenas cumpre a lei. “Se a lei está errada, que se mude a lei. O que não se pode é criar o costume de não cumpri-la” ressaltou, fazendo referência à reclamação dos produtores de que há algumas décadas, quando se incentivou a colonização da região, o governo exigia que se desmatasse 50% da propriedade para a aquisição do título da terra. Atualmente, a exigência é que se preserve pelo menos 80% da área, o que deixa esses agropecuaristas em situação ilegal.

Para tentar chegar a uma solução mais imediata para o problema específico do embargo contra a carne do estado, o senador Valter Pereira propôs a criação de uma comissão especial composta por representantes do MPF, do governo do Pará e dos produtores para chegar a um Termo de Ajustamento de Conduta viável do ponto de vista de todas as partes.

A organização não governamental Greenpeace, que elaborou um relatório que, segundo alguns parlamentares e representantes da cadeia produtiva teria desencadeado a ação do MPF no Pará, não mandou representante ao debate. A escolha de Belém teve o objetivo de ouvir o posicionamento do Grenpeace e do procurador público Potiguar, que não foram à audiência do Senado na semana passada, em Brasília. O fato foi levantado e criticado pelos parlamentares presentes.

O público portou-se bem, apesar do pouco espaço para tanta gente, o que obrigou várias pessoas interessadas na discussão a permanecer em pé por horas. Após dois avisos do presidente da comissão para que não batessem palmas durante o debate, os presentes passaram a balançar as mãos estendidas ao alto quando queriam demonstrar aprovação à fala de algum expositor.

Dentro do auditório, havia várias faixas de produtores rurais com dizeres como: “O povo não pode ficar impedido de produzir seu sustento”, “Pecuária paraense pede socorro!” e “Somos produtores e não vigaristas”.
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