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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Sarney culpa contador e parcelamento por omissão de casa de R$ 4 milhões para a Justiça Eleitoral

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota nesta sexta-feira afirmando que a ausência de sua residência avaliada em R$ 4 milhões na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral foi provocada pelo parcelamento da compra do imóvel e por um erro de seu contador.


Sarney apresentou junto à nota um documento de certidão do TCU (Tribunal de Contas da União). No documento, o secretário Alessandro Laranja atesta que a mansão de Sarney consta em suas declarações de Imposto de Renda de 1999 a 2007.

Segundo a nota, a casa que fica na Península dos Ministros, área mais nobre de Brasília, foi adquirida em agosto de 1997, em leilão público, e a quitação foi parcelada em dez vezes. Sarney afirma que, como o imóvel permaneceu em domínio de seu antigo proprietário até a conclusão do pagamento, não entrou na declaração de Imposto de Renda de 1998.

O documento afirma que a casa foi omitida na declaração de bens de 2006 por um equívoco de seu contador que apenas repetiu a mesma lista de bens de 1998. A nota diz que, a partir de 1999, a casa passou a constar na declaração à Receita Federal. O registro do contrato de compra e venda foi lavrada em cartório em setembro de 1997 e a escritura foi formalizada em 2007.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", o parlamentar registrou a compra em um contrato de gaveta em 1997, quando comprou a casa do banqueiro Joseph Safra. Nas declarações repassadas por Sarney, nas últimas duas eleições que disputou, o imóvel não foi incluído entre a lista de seus bens.

Ao jornal, a assessoria de Sarney informou que ocorreu um "erro do técnico que providencia a documentação do presidente Sarney junto aos órgãos competentes". Afirmou ainda que o imóvel consta das "declarações anuais de Imposto de Renda do presidente, entregues também ao TCU com frequência anual".

O presidente Sarney tem sido cobrado por senadores e partidos a se afastar do cargo nas últimas semanas. A situação de Sarney é considerada delicada porque as denúncias o envolvem diretamente. O PSOL não só defende o afastamento como entregou uma representação pedindo que ele seja investigado no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.

A informação de que José Adriano Sarney, neto de Sarney, é proprietário de uma das empresas que trabalha com empréstimos consignados para funcionários do Senado já tinha trazido novo desgaste ao peemedebista. A suspeita é de que José Adriano tenha sido favorecido nas negociações com a instituição. Sarney e José Adriano divulgaram nota negando que a relação familiar tenha beneficiado a empresa da família.

De acordo com o PSOL, 15 pessoas ligadas diretamente ao presidente do Senado teriam sido beneficiadas com os atos, entre eles, o que nomeou seu neto João Fernando Sarney para o gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA).

O partido afirma que Sarney tem sido omisso diante da crise que atinge a imagem da intuição. "Sarney nada fez até o momento, se restringido a discursar sobre o problema afirmando ser uma questão institucional. Não anulou os atos, não tomou medidas saneadoras."

Aliados e familiares sinalizaram ao longo da semana que Sarney estaria disposto a deixar o cargo. Segundo interlocutores, ele tem segurado a presidência aguardando um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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