“Uma grande festa de confraternização entre amigos e também uma oportunidade de valorizar os grandes atletas que fizeram a história esportiva de Mato Grosso”. Esta foi a definição do vice-governador Chico Daltro para a III Solenidade de Congraçamento de Honra ao Mérito Esportivo de Mato Grosso, realizada nesta sexta-feira (15.11) no Cenarium rural, em Cuiabá, oportunidade na qual 121 atletas foram agraciados com a medalha do Mérito Esportivo.
A cerimônia contou com a presença de atletas de várias modalidades, dirigentes esportivos, além de outras pessoas e instituições que contribuíram para a promoção do esporte em Mato Grosso e no Brasil. Pessoas como o radialista e ex-jogador de futebol Zé Pulula, que se disse muito emocionado com a homenagem. “É muito bom ser homenageado em vida. Esse é um evento que traz de volta o jogador do passado para ser um astro do presente”, afirmou.
“Dizem muito que o Brasil é um país sem memória, mas esse evento mostra que Mato Grosso é um estado que tem memória”, disse o ex-jogador de vôlei Nalbert Bitencourt, capitão da seleção brasileira medalhista de ouro nos jogos de Atenas em 2004. Nalbert foi um dos destaques nacionais homenageado durante a cerimônia, representando o Banco do Brasil. Para o campeão, o evento também é importante para mostrar o investimento feito no estado.
Outro destaque nacional homenageado foi o corredor Robson Caetano, duas vezes medalhista olímpico, por meio do seu Instituto Robson Caetano, que promove a prática esportiva na infância. “O esporte me salvou”, afirmou o atleta, lembrando sua infância humilde. “Precisamos reconhecer que o atletismo é uma ferramenta fundamental para promover a inclusão social”, afirmou. Outro destaque nacional homenageado foi o também corredor Vicente Lenilson, também medalhista olímpico, e casado com uma mato-grossense de São José dos Quatro Marcos.
Um dos idealizadores da homenagem é o ex-jogador de futebol Antônio Gonçalo de Arruda, o Totó. Há 13 anos , os ex-jogadores de futebol de Cuiabá começaram a se reunir no Dia da Proclamação da República para reviver os bons tempos do futebol local, nas décadas de 60 e 70. A partir de 2011, o Governo do Estado assumiu a organização da festa, estabelecendo a homenagem aos atletas e estendendo-a para outros esportes.
Símbolo dessa época é o torcedor Armindo Ferreira da Cunha, o Armindo “Pipoqueiro”, torcedor fanático do Clube Esportivo Dom Bosco, sempre usando a camisa do seu time de coração e enrolado numa bandeira do clube, que está fora das competições profissionais desde 2007. Tempo incapaz de alterar a sua paixão. “Quem é uma coisa não mistura. Essa bandeira aqui não muda. Eu sou Dom Bosco e acabou”, disse.
Para Chico Daltro, a homenagem é também uma oportunidade de incentivar a prática esportiva entre os jovens. “Demonstra a carreira que podem seguir, um exemplo para seguir, serve para incentivar a juventude e fazer Mato Grosso se destacar cada vez mais”.
