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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Júlio Pinheiro tem apoio da maioria para ser presidente da Câmara de Cuiabá; base de Mendes pode ‘rachar’

Foto: Walter Machado / Câmara de Cuiabá

Júlio Pinheiro foi derrotado por João Emanuel, no plenário da Câmara de Cuiabá, em janeiro deste ano:

Júlio Pinheiro foi derrotado por João Emanuel, no plenário da Câmara de Cuiabá, em janeiro deste ano:

Caso não haja qualquer imprevisto de última hora – o que não está descartado, o vereador Júlio Pinheiro (PTB) deve ser novamente eleito presidente da Câmara de Cuiabá, menos de um ano após ser rejeitado pela maioria dos colegas. A disputa entre os 17 vereadores que apóiam o prefeito Mauro Mendes (PSB), porém, estaria colocando em risco a unidade da bancada, que no primeiro semestre recebeu o nada honroso apelido de ‘base de gelatina’, por sua inconstância, que permitia vitorias da oposição em plenário.


A eleição vai ocorrer na sessão ordinária desta quinta-feira (05/12), prevista para iniciar às 8 horas, conforme anunciado pelo presidente em exercício do Poder Legislativo, vereador Onofre de Freitas Júnior (PSB). A reportagem do Olhar Direto apurou que, embora tenha sido traumática, a renúncia do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) ao cargo presidente da Câmara, na sessão da última terça-feira (03/12), aparentemente já era esperada pelos parlamentares.

Desde a o final da manhã de terça-feira, o que era especulação assumiu ares de intensa articulação, com pelo menos quatro nomes no páreo: Júlio Pinheiro, Francisco Silveira Chico 2000 (PR), Leonardo de Oliveira (PTB) e Haroldo da Açofer Kuzai (SDD). Por serem todos da base governista, Mauro Mendes liberou para quem vencesse que melhor fosse capaz de aglutinar.

Em principio, o vereador Adilson da Levante Machado (PSB), considerado queridinho do Palácio Alencastro, também corria por fora. Em janeiro, Adilson da Levante perdeu por 11 votos contra 14, para João Emanuel.

“Estamos estudando uma chapa, com Leonardo ou Kuzai à frente. Mas continua tudo indefinido”, explicou um vereadores, ao reconhecer que, em tese, Pinheiro possui condições de aglutinar a maioria.

Chico 2000 e Onofre Júnior, que também tentam costurar suas candidaturas, jogaram a toalha. Antes das ameaças veladas de parte a parte, o líder do Poder Executivo no Palácio Pascoal Moreira Cabral, vereador Leonardo de Oliveira (PTB), não temia uma ‘racha’, destacando a isenção de Mendes no pleito – sem declinar apoio a ninguém.

“O prefeito Mauro avisou a todos os vereadores que não iria interferir e cumpriu. Deixou todos livres para que o parlamento escolha. Acredito que seja por isso que sairão até três candidatos da base”, disse Leonardo. Ele entende que, na disputa pelo cargo de presidente, vence quem aglutina mais, independente de ser governista. “Agora não tem mais essa questão de base e de oposição. Quem sabe depois disso defina-se novamente a posição dos grupos”, justificou Oliveira.



A preocupação de praticamente todos os 25 vereadores, além do próprio umbigo, é com a imagem do Poder Legislativo da Capital perante a opinião pública. Desgastada por sucessivos escândalos nos últimos 10 anos, o ideal seria um nome de consenso, evitando aumentar ainda mais a polêmica que culminou com a renúncia de João Emanuel.

A interpretação de consultores jurídicos indicava que o artigo 23 do Regimento Interno da Câmara Municipal permitiria ao atual presidente Onofre Júnior concluir o mandato, tendo Haroldo Kuzai como 1º vice-presidente. “Apesar de o Regimento Interno nos proporcionar este entendimento também, eu e o vereador Haroldo abrimos mão disso e convocamos a eleição para escolher o novo presidente”, declarou Onofre Júnior, para a reportagem do Olhar Direto.

Investigado na operação Aprendiz, conduzida pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, João Emanuel foi afastado do cargo de presidente do Legislativo, em duas decisões judiciais – uma cível e outra criminal. Além disso, teve divulgada uma gravação em que aparece se comprometendo em fraudar uma licitação da Câmara de Cuiabá, para contratação de serviços gráficos. Sua situação foi considerada insustentável e, na última terça, leu sua carta de renúncia, aprovada por 17 vereadores, dos 24 presentes em plenário.


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