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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Cerca de 100 famílias devem ser retiradas de área em reintegração de posse

Foto: Reprodução

Cerca de 100 famílias devem ser retiradas de área em reintegração de posse
Após protestos com a interdição de ruas com pedaços de pneus e fogo, cerca de 100 famílias moradoras de um terreno no bairro Jardim Esmeralda em Várzea Grande, devem ser retiradas de dois terrenos (totalizando cerca de 20 hectares) até o final da tarde de hoje (06.12). As famílias, somando cerca de 300 pessoas, já residem na área há quase um ano.


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O cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse vem sendo cumprido de forma truculenta, conforme os moradores. Ainda no final da manhã, uma viatura da Polícia Militar permanecia no local. Os soldados acompanhavam o trabalho de desconstrução dos barracos e transporte dos objetos dos moradores, efetuado em um caminhão cedido pelo dono da área.

“Me acordaram jogando água. Não entendi a motivação desse ato. Eu tava deitado quando isso aconteceu. Era pra fazer isso não”, relata o senhor Henrique de Oliveira Bastos, 73 anos, que há sete meses resida na área. Sobrevivendo com o benefício de um salário mínimo pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ele relata que optou pelo local pelo custo. ‘Montei esse barraco pra viver um pouco melhor. Agora vou ficar com minha filha no Jardim Alá”.

Senhor Henrique montou uma espécie de bar improvisado em seu barraco e vendia refrigerantes e bebidas alcoólicas para ajudar em sua renda. Ele conta que os moradores chegaram a ter uma reunião com a Prefeitura em busca de uma alternativa para contemplar as pessoas que se instalaram no local.

Fernando Silva, casado e pais de dois filhos já adultos, contou que era morador do bairro Esmeralda, porém, sem ter mais condições de arcar com aluguel de R$ 350 resolveu se unir a um grupo para tentar conquistar uma moradia.

Conforme policiais militares, durante as primeiras horas da manhã uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e foi até o local para conter às chamas dos bloqueios construídos pelos moradores, mas negaram atos de truculências.

Histórico

Em 21 de outubro deste ano as famílias foram comunicadas por um oficial de Justiça para que se preparassem para deixar o local. Na época chegaram a interditar a rodovia Mário Andreazza (que fica próxima ao bairro) para chamar à atenção da Prefeitura de Várzea Grande, sem sucesso.

As famílias retiradas da área devem ser cadastradas junto ao Executivo Municipal para serem inseridas, posteriormente em projetos sociais habitacionais.
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