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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Novo secretário é contra ampliação da rede de OS na Saúde de Mato Grosso

Foto: Reprodução

Jorge Lafetá possui larga experiência em gestão.

Jorge Lafetá possui larga experiência em gestão.

O novo secretário de Saúde de Mato Grosso, médico Jorge Lafetá, afirmou que é contra a ampliação da rede de Organizações Sociais (OS) no gerenciamento da rede da saúde pública estadual. De acordo com o novo chefe da pasta, que está a frente da secretaria há menos de 60 dias, é preciso esperar o resultado das atuais concessões serem consolidados para então fazer um estudo sobre a eficácia do modelo de gestão. Lafetá possui uma visão mais técnica do setor e, numa análsie futurista, destoa de algumas políticas púlbicas de saúde implementadas pelo governador Silval Barbosa (PMDB).


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“Não pode aumentar (a rede de OS) agora não. Precisamos estudar os resultados dos contratos que já temos”, disse o secretário, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (9), na sede da Secretaria de Saúde. Para Jorge, ter começado com várias OS ao mesmo tempo ao invés de apenas um contrato pode ter causado parte dos transtornos tidos com o atual modelo de gestão.

“A minha opinião pessoal é que devíamos ter feito apenas um contrato, um projeto piloto, para acompanhar com calma e estudar os resultados e como poderíamos ampliar a rede. Não quero criticar nenhum gestor anterior. É uma opinião pessoal. Não sei qual a necessidade que eles tinham na época, qual era a demanda”, ponderou.

Jorge Lafetá argumentou que, com um estudo feito em cima dos resultados de estudos sobre um contrato de gestão concretizado poderão ajudar a escolher melhor as próximas Organizações Sociais a serem contratadas, bem como o perfil da demanda a ser exigida por força contratual. Atualmente, as OS já passam a ser fiscalizadas in loco por equipes da própria Secretaria de Saúde, aos moldes das supervisões existentes em planos de saúde privados, a fim de fazer uma checagem com maior credibilidade sobre as ações de cada Organização Social.

Contudo, apesar de ser contra o aumento da rede de OS no atual momento, Jorge Lafetá ainda acredita que o modelo de gestão através de Organizações Sociais é muito mais ágil se comparado a uma administração totalmente estatal. “Não tem como se discutir isso. Mas todos sabem que não existe um modelo mágico. Se existisse, todos copiariam, porque ninguém quer o problema como está”.

Como médico, Lafetá já tem experiência de gestão. Ele foi diretor da extinta Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag), era secretário-adjunto da SES com responsabilidade de controle das OS com quem o Estado tem parcerias para administrar os hospitais regionais. Além disso, há anos é o cardiologista do próprio governador Silval, da família do ex-governador e hoje senador Blairo Maggi (PR) e do ex-prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos.
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