Para denunciar a precarização dos contratos temporários e a diminuição do orçamento previsto para o ano de 2014 em cerca de R$ 30 milhões, o Sindicato dos Servidores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) realiza na próxima quinta-feira, 12, a partir das 9h da manhã um novo ato público, no Centro Político Administrativo, com concentração em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT). Mesmo com o encerramento da greve que teve duração de 67 dias, um novo movimento de paralisação é considerado pela categoria e será colocado em pauta de votação para o mês de janeiro.

Governo abre diálogo com peritos criminais e indicativo de greve é suspenso
Com protesto, apenas uma equipe de peritos criminais trabalha hoje em Cuiabá e VG

O Sindicato denuncia que o posicionamento do governo pode comprometer a continuidade do ano letivo já que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), até o momento, tem se negado a recontratar os interinos. Cita que há o entendimento de quebra do acordo firmado durante a greve, em outubro, com a Seduc e a presença do Ministério Público Estadual (MPE). Durante a última reunião, que antecedeu a última assembleia geral da greve, a Seduc afirmou que não haveria corte de pontos dos trabalhadores pelos 67 dias de greve.

A secretária-geral do Sintep/MT, Jocilene Barboza dos Santos, diz que é "inadmissível que os trabalhadores possam ser submetidos à tamanha precarização após uma greve que tenta superar o trabalho não remunerado extra-classe para os interinos". Por causa disso, o Conselho de Representantes pontuou o risco de não completar o ano letivo 2013.

Outro Lado

Em nota,  a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que está cumprindo o acordo firmado durante o período de protestos. Explica que a convocação de 516 professores classificados no concurso 004/2010 será efetivada em 15 de janeiro, devido à mudança do calendário letivo de 2013, em função da paralisação. Eles farão a atribuição de aulas para iniciarem as atividades no início do ano letivo 2014.

Quanto ao corte de pontos, a assessoria informa que trata-se de um equívoco na informação, pois no período de greve os salários foram pagos normalmente, ou seja, os contratados já receberam pelos meses de contrato, mas as aulas não foram ofertadas. Como a Seduc já pagou pelas aulas que deveriam ter sido dadas, cabe aos contratados fazerem a reposição.