Nenhuma rodovia federal de Mato Grosso integra a lista dos 100 trechos mais perigosos do país, entre 2012 e 2013, segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na última quinta-feira, quando fora lançada a “Operação Rodovida”.

As rodovias federais mato-grossenses “escapam” da lista das mais perigosas por que o levantamento leva em consideração apenas trechos críticos de dez quilômetros, obtidos por meio de um índice de gravidade baseado em estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com isso, apesar de Mato Grosso ter pelo menos dois longos trechos com altos índices de acidentes e considerados de “rodovias da morte” – entre Cuiabá a Rondonópolis e, entre o Posto Gil (em Diamantino) e Lucas do Rio Verde -, as mortes na BR-163 e na 364 não são computadas na pesquisa.

Como exemplo da alta periculosidade das rodovias federais que cortam Mato Grosso, nos últimos três dias - no primeiro final de semana da ‘Operação Rodovida’ – foram registrados 55 acidentes, que resultaram em cinco óbitos. Somente neste domingo, três pessoas morreram.

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O trecho mais crítico do país, segundo o levantamento feito pela PRF, fica na BR-101 em Santa Catarina, na região de Palhoça, Grande Florianópolis. O segundo pior está na BR-381, em Minas Gerais, entre o km 490 e o 500.

Apesar de a pesquisa mapear percursos de dez quilômetros, a PRF reconhece que 78% dos acidentes fatais ocorrem em longos trechos de rodovias fora da zona urbana – como os de Mato Grosso -, que são em pistas simples e a fiscalização é menor. Abuso de velocidade e ultrapassagens malsucedidas lideram as causas dos acidentes fatais.