Treze pessoas foram presas nesta segunda-feira acusadas de envolvimento em fraudes ambientais de inserção de créditos irregulares no setor madeireiro em Mato Groso, durante a operação Pinóquio, deflagrada pela Delegacia de Meio Ambiente (Dema). As pessoas presas, entre elas engenheiros, madeireiros e grileiros, seis são de Cuiabá e o restante de municípios do interior.
Ao todo foram expedidos pela Justiça 19 mandados de prisão temporária, sendo que 10 deles estão sendo cumpridos em Cuiabá e os outros nove nas cidades de Alta Floresta, Comodoro, Juina, Arenápolis, Nortelândia e Paranatinga.
Conforme as investigações, empresários do ramo de madeireiras, engenheiros florestais, arrendatários, grileiros e compradores de créditos virtuais, participavam do esquema de guias florestais esquentadas. Eles montavam documentação falsa e davam entrada em processo para exploração de madeira na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
O levantamento aponta que a quadrilha teria conseguido inserir no Cadastro de Consumidor de Matéria Prima de Origem Florestal (CC-Sema) cerca de 80 mil metros cúbicos de madeira, movimentando aproximadamente R$ 80 milhões em créditos virtuais, no período de um ano e meio. Seis projetos deram origem aos inquéritos da operação. O delegado titular do Meio Ambiente, Roberto Amorim, e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, vão conceder entrevista às 15h, na Dema.