O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, se manifestou publicamente sobre as recentes polêmicas que têm sido vividas pelo seu clube recentemente. O mandatário aposta que, após a vitória sobre o Sport, por 1 a 0, no último sábado, as notícias de divergências de opiniões e conflitos internos tendem a diminuir.

"Vocês convivem e trabalham no CT (Rei Pelé) mais até do que eu, só que pelas informações que eu tenho e pelo que eu acompanho, quando estou por lá, em nenhum momento pude ver crise ou rachas de grupo. Pelo contrário. O que existe é uma unidade no elenco. Há profissionalismo desse trabalho atual em volta do treinador e do clube. Tanto que, me surpreendem algumas informações a esse respeito", disse Teixeira, referindo-se a problemas de relacionamento dentro do elenco.

O caso mais recente e que mais chamou a atenção foi a troca de críticas entre o zagueiro Fabiano Eller e o atacante Neymar. E no entender do dirigente, o que foi dito pelos dois jogadores não foi nada fora do normal, do cotidiano de um time de futebol.

"No meu entendimento como leitor, é uma manifestação normal. O que o Eller disse é que, no futebol moderno, atual, precisamos da colaboração de todos. Estavam creditando a defesa o problema no número de gols tomados. É preciso a colaboração de meio-campistas, dos atacantes. Ninguém esteve analisando de uma forma a prejudicar a defesa ou direcionar críticas ao ataque. Acho isso comum, normal. Não vi problema no que diz respeito a essa situação de análise de uma equipe de futebol", comentou.

Para Marcelo Teixeira, talvez o fato do Peixe ter ficado algumas rodadas sem ganhar pode ter contribuído para que as críticas fossem olhadas por um outro aspecto. "Existia uma inquietação do grupo, no sentido de apresentar um futebol ou uma vitória que quebrasse a rotina do jejum de vitórias. Alcançada essa vitória, haverá uma normalidade. Existia uma rotina, mas não uma tranquilidade que pudesse dar a equipe um conforto para obter uma apresentação melhor, visando à qualidade que a própria equipe possui", analisou.

Sobre os comentários feitos pelo técnico Vagner Mancini, apoiado pelo volante Roberto Brum, de que um 'dedo-duro' estaria passando informações internas para a imprensa e tumultuando o ambiente, o presidente alvinegro fez questão de minimizar o problema.

"Independente de nós encontrarmos 'laranja podre' ou qualquer tipo de informantes, eles continuarão existindo. Informações continuarão vindo através dos mesmos que estão em contato com vocês da imprensa. Cabe a vocês (jornalistas) dar valor a assuntos mais importantes e prioritários, do que nós estarmos veiculando notícias negativas do dia-a-dia do Santos", ponderou Teixeira.

"Quando eu vejo críticas como a do Léo - após a partida contra o Sport, o lateral disse que havia um jornalista querendo criar problemas dentro do elenco - não é para cercear o direito da imprensa. O problema é que uma parte da imprensa tem incomodado o grupo de jogadores e o trabalho profissional do clube, tentando desestabilizar com notícias que não são produtivas ou muitas vezes, verdadeiras. Algumas até são verdadeiras, mas são dadas conotações ou proporções muito grandes a fatos corriqueiros do próprio dia-a-dia. Mas, independente disso, anormalidade vai voltar ao Santos", finalizou.