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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Restos mortais de D. Pedro II e Princesa Isabel podem ser exumados

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) planejam exumar os restos mortais de Dom Pedro II (1825-1891), e de sua filha, a Princesa Isabel, para investigar detalhes até agora desconhecidos sobre a família real brasileira.


"É um projeto da Faculdade de Medicina da USP. Temos a intenção de exumar os restos, mas o trabalho está ainda sobre o papel, vamos dar um passo de cada vez", declarou a pesquisadora Valdirene do Carmo, responsável também pela exumação de Dom Pedro I, feita há menos de dois anos.

Assim, antes de desenterrar os restos mortais D. Pedro II, que governou o Brasil entre 1831 e 1889, quando a monarquia foi abolida, a equipe necessita da autorização dos herdeiros da família real, da Igreja Católica, já que os restos mortais estão na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e de autoridades do estado.
De acordo com a agência de notícias EFE, caso obtenham as permissões, os restos mortais serão transferidos para São Paulo para passar por análises.

"Já fizemos o trabalho com os primeiros imperadores e esta é uma nova geração, por isso, seria interessante fazer análises, embora não saibamos que informações serão extraídas", explicou Valdirene, que adiantou que os resultados "dependerão do estado de preservação dos corpos", mas que "por sorte não há umidade na Catedral'.
Dom Pedro I e suas esposas
Entre fevereiro e setembro de 2012, Valdirene liderou os trabalhos de exumação dos restos mortais de D. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.

Na época, um esquema de segurança foi montado para transportar as urnas funerárias de madrugada desde a cripta imperial, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, até o local dos exames, em Cerqueira César, onde, sob sigilo, os esqueletos foram submetidos a ultrassonografias e tomografias.

As análises revelaram que D. Pedro I fraturou ao longo de sua vida quatro costelas do lado esquerdo, consequência de dois acidentes -- uma queda de cavalo e quebra de carruagem. Isso teria prejudicado um de seus pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que causou sua morte aos 36 anos, em 1834. Ele media entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com roupas de general.

A exumação dos restos mortais de Dona Leopoldina contradiz a história de que a então imperatriz do Brasil teria fraturado o fêmur após Dom Pedro I tê-la empurrado de uma escada do palácio Quinta da Boa Vista, então residência da família real, localizada no Rio de Janeiro. No exame, não foram encontradas fraturas.

No caso da segunda mulher do primeiro imperador do país, Dona Amélia, os cientistas se surpreenderam ao ver que a imperatriz foi mumificada e tinha partes do seu corpo preservados, como cabelos, unhas e cílios. Um crucifixo de madeira e metal foi enterrado com ela.
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