Traumatismos dentários são muito comuns em crianças, principalmente após aprenderem a brincar com os coleguinhas, fazer estripulias e andar de bicicleta. E é nesta fase, de tanta energia, que o trauma dentário pode ocorrer. Segundo o dentista Henrique Taniguchi, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e sócio do CCO (Centro de Cirurgia Oral ),o importante é não se desesperar quando acontecer uma dessas lesões.

— São considerados traumatismos desde fraturas simples à perda definitiva do dente. Em todos os casos, do dente de leite ao definitivo, é necessário uma atenção especial. A maior parte das lesões são apenas superficiais e atingem tecidos de sustentação. No entanto, o atendimento clínico com um dentista deve ser imediato e prioritário e, se possível, realizado por um cirurgião-dentista, isso porque existem diversos tipos de traumas e para cada um deles uma conduta.

Independente da dimensão da fratura, alguns passos são básicos, avisa o especialista.

— Estanque todo o sangue com gazes, toalha ou gelo. Caso o dente quebre, guarde-o em um recipiente com soro ou leite, pois é possível reconstituir o pedaço perdido. Já se acontecer avulsão (quando o dente desprende da gengiva), tente reposicioná-lo no lugar, mas sem tocar na raiz. Se não for possível, apenas guarde o dente (também em um recipiente com soro ou leite) e busque o mais rápido possível um dentista para que o dente possa ser reimplantado, isso aumentará as chances de sucesso.

Após os cuidados imediatos, torna-se importante o acompanhamento clínico do dente que sofreu a lesão. Para dentes de leite, o período é entre seis meses e um ano, e para dentes permanentes, por no mínimo cinco anos.

Segundo o dentista, este acompanhamento ajuda a prevenir complicações futuras.