A empresa dos Correios e Telégrafos contrapõem as reivindicações dos funcionários que iniciaram uma greve nesta quita-feira (30). De acordo com a empresa, ao contrário do que o sindicato da categoria tem divulgado como sua principal exigência, os Correios reafirma que não haverá alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o Correios Saúde. O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Serviços Postais (Sintect/MT), afirma que mais de 50% dos trabalhadores da parte operacional aderiram ao movimento. Atualmente 15 estados estão em greve.

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Ainda segundo a empresa “nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado”. Uma das principais bandeiras levanta neste movimento questiona a mudança de gestão do plano de saúde.

Segundo o coordenador do sindicato, Alexandre Aragão, a empresa está descumprindo o acordo firmado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), no ano final do ano passado. Quando empresa e funcionários assinaram um dissídio coletivo que impedia a mudança de do plano de saúde da categoria.

“No dissídio foi falado que não podia ter mudança na gestão do plano, o que implicaria diretamente na vida dos trabalhadores, pois existem critérios básicos que tira a condição dos trabalhadores de dependentes e beneficiários e os colocam em situação de associados, que é uma caixa de assistência, que é a Postal Saúde”, explica.

Em contra partida, a empresa alega que “todas as condições vigentes do Correios Saúde serão mantidas, os percentuais de coparticipação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais”.

Segundo a empresa, a Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.

Adesão à greve

A greve dos funcionários dos Correios teve início nesta sexta-feira (31) e conforme a empresa dos Correios o movimento teve pouca adesão em Mato Grosso. “Os Correios estão funcionando normalmente com 97,2% do efetivo total da empresa trabalhando, o que corresponde a 1.556 empregados – a aferição de presença é realizada também por meio de sistema eletrônico. Todas as Agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis”.

Porém, o sindicato afirma que 50% dos funcionários que atuam na parte Operacional aderirão à greve e que o movimente cresceu neste segundo dia de paralisação. “Setores que nunca pararam estão aderindo a greve e o movimento segue crescente”, declarou o Alexandre.