Por esclarecimentos do “caso Neymar”, uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Santos será realizada na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro. Mais da metade dos 250 conselheiros do Peixe assinaram um documento solicitando o encontro, que contará com a presença do presidente em exercício do clube, Odílio Rodrigues, e de membros do Comitê de Gestão. O objetivo é a abertura dos contratos da transferência do atacante ao Barcelona, em 2013.

Os membros do Conselho iniciaram a busca por assinaturas depois que vieram a público detalhes da transferência. O pai de Neymar admitiu, em entrevista coletiva na semana passada, que recebeu € 10 milhões em 2011 para assegurar a ida do craque ao clube espanhol e mais € 30 milhões quando a transferência foi acertada, em 2013.

Já Odílio Rodrigues segue afirmando que o Peixe recebeu apenas 55% dos € 17,1 milhões, valor que ainda teve de ser repartido com investidores: o grupo DIS ficou com 40% e o fundo Teisa, com 5%. Os conselheiros acreditam que o clube tem direito a receber parte do montante que foi pago ao pai do jogador e, por isso, irão cobrar explicações da diretoria.

Os dirigentes do Alvinegro também creem que o clube deve lucrar mais. Por isso, foram à Justiça para conseguir a abertura dos contratos da transferência. O Santos acredita que, mesmo com o documento assinado em 2011 autorizando o atacante a negociar com qualquer outro clube, o Barcelona tenha aliciado o camisa 11. Por isso, o time da Vila Belmiro busca um escritório internacional especializado em justiça esportiva para cuidar do assunto.

Enquanto o “caso Neymar” não é solucionado, o presidente Odílio recebe ameaças. Na última semana, um movimento anônimo exigiu a renúncia do mandatário até o dia 17 – data da primeira reunião ordinária do Conselho Deliberativo do clube. Ele, inclusive, teve seu carro atacado por vândalos após a goleada por 5 a 1 no clássico contra o Corinthians, no dia 29 de janeiro, quando saía da Vila Belmiro.