Pelo menos 300 homens do Exército, da Polícia Militar e da Polícia Federal fazem a segurança da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Silval Barbosa (PMDB), e do ministro da Agricultura, Antonio Andrade, na manhã desta terça-feira (11), no lançamento da colheita da safra de soja de Mato Grosso, em Lucas do Rio Verde (350 Km de Cuiabá). As forças estão sendo coordenadas pela Agência Brasileira de Inteligência.

Todo esse aparato foi montado para esperar cerca de 5 mil pessoas, contudo, prestes a começar o evento, ainda não chegaram nem 200 pessoas. O número não corresponde nem a metade dos 409 assentos preparados pelo cerimonial para convidados. Comenta-se nos bastidores que o excesso de segurança afastou a população, algo péssimo em ano eleitoral.

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Sabe-se que dois ônibus cheios de agricultores do distrito de Boa Esperança, do município de Soriso (410 Km de Cuiabá), foram barrados pela segurança e decidiram ir embora. O mesmo aconteceu com um ônibus de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) do Araguaia.

O temor das autoridades é que o evento festivo fosse transformado em palco para protestos. Sindicatos rurais e outras organizações prometiam levar cerca de mil agricultores com cobranças específicas para a presidente do País: mais investimentos em logística de transporte, solução de conflitos fundiários relacionados à ampliação de terras indígenas e o apoio à comercialização do milho mato-grossense.

O evento acontece na Fundação Rio Verde, também com a presença do secretário de Política Agrícola, Neri Geller; dos senadores Blairo Maggi (PR), Pedro Taques (PDT) e Kátia Abreu (PSD-TO), deputados federais e estaduais, prefeitos da região, entre outros ocupantes de cargos eletivos.