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Sábado, 04 de maio de 2024

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Além de financiar, Banco da Gente acompanha desenvolvimento de microempreendedores

Para melhorar a assistência ao comerciante que quer sair da informalidade no Município, a nova gestão do Banco da Gente instituiu um modelo de acompanhamento contínuo aos microempreendedores que buscam ajuda financeira na unidade. O modelo de trabalho foi um pedido direto do prefeito Percival Muniz, que em 16 de junho de 2004, quando também era o chefe do Executivo Municipal, criou o Banco para administrar o Shopping Popular.


Atualmente com Amilton Vítor Scheffer como diretor, o banco financiou 52 projetos individuais e injetou mais de R$ 250 mil desde janeiro de 2013. De acordo com a explicação de Scheffer, apenas dar o dinheiro e não capacitar o trabalho não daria as ferramentas necessárias para o sucesso deste pequeno empresário. Desta forma, palestras e visitas in loco têm movimentado a rotina dos técnicos que atuam na instituição financeira.

Uma curiosidade levantada pelo diretor do Banco da Gente é que são as mulheres as principais clientes atuais da instituição. “Dos 88 projetos que recebemos aqui desde o começo do ano passado, diria que 90% deles foram trazidos por mulheres. O máximo que o Banco financia é o valor de R$ 5 mil para cada projeto. Nossa maior demanda tem sido criada com costureiras que interessadas em aumentar a produção nos procuram para adquirir máquinas maiores e mais modernas”, contou.

Apesar de ter o financiamento como um dos principais serviços, Amilton detalha que o Banco da Gente não se resume apenas a isto. “O Banco hoje administra o Casario, o Shopping Popular e os loteamentos Rui Barbosa, Sítio Farias, Parque São Jorge e Liberdade”, esclarece. O diretor ainda lembrou que em 2013, num trabalho conjunto com a Secretaria de Promoção e Assistência Social, o Banco da Gente forneceu a regularização fundiária de 222 moradores do Sítio Farias e mais quatro casos pontuais do Rui Barbosa.

Quanto ao preparo do trabalho informal ao campo da formalidade, Amilton disse que apesar de pequeno numericamente, os funcionários do Banco da Gente têm a experiência necessária para apontar os caminhos aos microempreendedores. “Temos que incluir esta pessoa em novo mundo. Explicamos a este trabalhador para que serve e a importância de um CNPJ, fornecemos instruções básicas tributárias, contábeis e jurídicas. A pessoa que acessa o financiamento tem até 24 meses para pagar a 1% ao mês e até quatro meses de carência para começar a efetuar o pagamento. Não queremos apenas emprestar dinheiro, queremos que o negócio desta pessoa dê certo. O Banco da Gente definitivamente não tem interesse financeiro, até porque não retemos dinheiro em caixa, o nosso objetivo é de cunho social”, explica.

Para o chamado capital de giro, o banco administra os 71 box do Shopping Popular. “A manutenção de todo o espaço é de nossa responsabilidade. Cada pessoa que hoje tem a concessão de um box contribui com cerca de R$ 330,00 até R$ 380,00 que acaba sendo o dinheiro que usamos em reversão ao próprio Shopping e que torna o Banco auto sustentável. Quando assumimos em janeiro de 2013 havia uma taxa de inadimplência de até 70%, hoje a realidade é outra. Antigamente a vaga era intransferível. Chamamos o Conselho Fiscal, formado por representantes de entidades, e mudamos o estatuto. Hoje a luva já pode ser vendida, o que facilita a administração”, ressalta.

O mesmo Conselho Fiscal é o que analisa e decreta ser viável ou não o financiamento de projetos pelo Banco. “Inicialmente o requerente tem de ser maior de 18 anos e não ter restrições no nome. Solicitamos um avalista e três propostas quando se tratar, por exemplo, de um bem durável. O conselho analisará e nos dirá como vamos proceder”, frisou Amilton.

Sobre a possibilidade do Banco ser incluído em um grande movimento para resolver os casos de vendedores ambulantes na cidade que relutam em não sair da informalidade, Amilton disse confiar em uma saída pelas mãos do prefeito. “Foi o Percival Muniz quem criou o Shopping Popular e resolveu o problema no passado, tirando os vendedores dos arredores do EEMOP. Eu creio que ele fará o mesmo agora, quem sabe com um novo espaço semelhante ao que já temos”, comentou.
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