O governo retomará nos próximos dias os leilões em apoio à comercialização do algodão, arroz, trigo e milho, informou hoje o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. O primeiro leilão deve ser o de algodão, cujo processo burocrático está mais adiantado. Mas todas as propostas de leilão já passaram pela avaliação técnica, disse Bittencourt. É neste momento que são definidas as especificações dos leilões, como data, preço e quantidade.
"Não há mais divergências técnicas nos quatro leilões.
 
Em todos os casos, o que faltam são, basicamente, as assinaturas dos ministros", explicou o secretário. Com a necessidade de publicação de portarias interministeriais para a realização dos leilões, os documentos precisam passar pelo crivo dos ministros da Agricultura (Reinhold Stephanes), Fazenda (Guido Mantega) e Planejamento (Paulo Bernardo).

Bittencourt explicou que o ofício do Ministério da Agricultura com as solicitações de realização dos leilões chegou à Fazenda no fim da semana passada. Após a análise da Fazenda, o documento passa pela avaliação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que ontem já tinha dado o aval para o leilão de milho. "No caso do milho, agora só falta o sequencial burocrático", comentou. Depois do parecer favorável da PGFN, o documento volta para a secretaria executiva e segue para os três ministérios, que fazem a última apreciação.

Para Bittencourt, afirmar que os leilões estavam parados nos ministérios por uma estratégia do governo é "mentira" ou "desinformação". "Como disse, os ofícios chegaram aqui no fim da semana passada e tratamos de todo o procedimento de forma muito rápida", afirmou.