Indignada com o assassinato brutal da pequena Kimberly Rethiele Freitas Sales, de 9 anos, a população de Paranatinga (239 km de Cuiabá) tentou invadir a cadeia pública municipal no final da tarde de ontem com o intento de ‘fazer justiça’ contra o gari Geverson Aparecido da Cruz, 25 anos, que confessou ter violentado e matado a menina. Ele foi preso na tarde de terça-feira (25) e mostrou à polícia onde havia cometido o crime. A criança despareceu no dia 22 de março, dentro de sua casa.
Criança de 9 anos desaparecida há três dias foi estuprada e corpo deixado em lixão
Durante a tentativa, um, dos cinco portões da unidade que possui uma chave elétrica para que pudesse ser destravado foi danificado. O diretor da cadeia pública, José Castro Neves, informou que a Polícia Militar do município vizinho de Primavera do Leste foi acionada para conter a revolta do público.
“Esse é o primeiro portão apenas, o principal, que dá acesso à unidade. No total são cinco portões, além da muralha”. Tijolos e pedaços de madeira foram utilizados durante o ato de revolta.
O diretor informou ainda que por medida de segurança, o detento foi transferido ainda na noite de terça-feira para uma outra unidade prisional instalada naquela região. “Ele permaneceu por cerca de apenas três horas aqui na unidade e separado dos demais detentos pelo risco de vida”, explicou. A cadeia pública abriga a cerca de 50 detentos. Durante a confusão, informou o diretor, uma mulher que se mostrou mais exaltada chegou a ser contida pela Polícia Militar.
Munidos com cartazes cobrando justiça os moradores da cidade chegaram a interditar uma das vias que dava acesso a cadeia pública municipal.