Em reunião com técnicos do Ministério das Cidades, que vieram fiscalizar in loco as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e discutir o cronograma das obras, o prefeito Wilson Santos (PSDB) roubou a cena e como vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) aproveitou para fazer duas reivindicações ao grupo: redução da contrapartida municipal e o reajuste dos contratos com as empresas.

Com relação ao primeiro pedido, Wilson Santos alegou que os municípios não têm fôlego financeiro para garantir uma contrapartida que varia entre 20% a 25%. Os técnicos do Ministério das Cidades até admitiram que essa preocupação é real e que já existe uma comissão no Governo Federal com estudos bem avançados sobre o assunto, mas alertaram para que a Prefeitura não conte com este desconto.

Sobre a segunda reivindicação, Santos explicou que a questão do contrato tem prejudicado o andamento das obras em todo o Brasil. “Existem reclamações no País inteiro nesse sentido. Os próprios técnicos revelaram que estão recebendo muitas reclamações. Tenho a plena certeza que, com esses dois itens resolvidos, o PAC vai ser acelerado em todo o País. Iremos construir um novo tempo. Trata-se de uma obra fantástica, que vai entrar para a história”, avaliou Wilson.

O coordenador do PAC em Cuiabá, Aparecido Alves, lembrou que, mesmo com os entraves e os problemas enfrentados pelos municípios brasileiros, Cuiabá ainda apresenta um índice de execução de obras superior à média nacional. A Prefeitura de Cuiabá está há quatro meses sem receber recursos devido algumas irregularidade detectadas no relatório apresentado pela Controladoria Geral da União.

“Hoje conseguimos detalhar muitos assuntos e definir pontos importantes. Cuiabá continua acima da média nacional, em relação às obras do PAC. Temos mais de 13% de conclusão de obras. A ETA do Tijucal está com 90% de conclusão. Ficou marcada uma nova reunião na próxima quarta-feira (15), a fim de apresentarmos aos empresários um novo cronograma de obras”.