Está prestes a ser concluído um acordo entre o Deco, Fifa e CBF para que o atleta seja declarado inocente no caso de doping. No ano passado, Deco encerrou a carreira após ter sido suspenso por um ano pelo STJD sob acusação de ter usado substância proibida (furosemida) num jogo do Campeonato Carioca, entre Fluminense e Boavista.

No mês passado, a coluna "Panorama Esportivo" do jornal "O Globo" revelou que houve erro do laboratório Ladetec, da UFRJ, no exame do jogador. A falha foi comprovada por um laboratório de Lausanne, na Suíça, que refez o exame de Deco e não constatou doping.

Segundo o advogado do jogador, Marcos Motta, tal acordo com a Fifa e a CBF é importante para limpar a imagem do jogador - ainda que isso não mude sua decisão de ter se aposentado dos gramados.

O passo seguinte será uma ação na Justiça comum contra o Ladetec e a União - afinal o laboratório é de uma universidade federal - por danos morais e materiais. É possível que a Wada (Agência Mundial Antidoping), já que o Ladetec era credenciado pela agência na época. Logo depois, foi descredenciado.

- Hoje é impossível calcular o valor da indenização, porque é preciso levar em consideração o quanto se perdeu com contratos que deixaram de ser assinados, tanto para jogar quanto de patrocínio - afirma Marcos Motta.