O ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT) é investigado pela Polícia Federal (PF) por ter recebido R$ 100 mil do doleiro Alberto Yousseff, preso por suspeita de lavagem de dinheiro e ligado ao ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Ambos são alvo da operação Lava Jato, da PF.

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, a PF afirma ter interceptado mensagens de e-mail entre Pedro Henry e o doleiro. Yousseff teve divulgados diálogos com o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), nos quais ambos negociam um esquema de desvio de recursos.

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Condenado no esquema do Mensalão e cumprindo pena em Cuiabá, Henry ainda teria sido beneficiário de uma doação da Jaraguá Equipamentos, fornecedora da Petrobrás em empreendimentos como a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Estas e outras denúncias são parte da segunda fase da Operação Lava-Jato, que resultou na prisão de Yousseff e deve esclarecer estas e outras dúvidas.

Conforme a reportagem, outros parlamentares do PP também são citados nos e-mails do doleiro. Nelson Meurer, do Paraná, ex- líder do PP na Câmara, foi beneficiário de R$ 500 mil, Roberto Teixeira, (PE) recebeu R$ 250 mil e Roberto Britto (BA) ficou com R$ 100 mil.

Aline Corrêa (SP) aparece em uma mensagem como beneficiária de R$ 250 mil. No total, ela declarou R$ 350 mil. Aline é filha do ex-presidente do PP Pedro Corrêa, também condenado no processo do mensalão.

Ainda de acordo com reportagem da revista Veja desta semana, cabia a parlamentares do PP manterem Paulo Roberto Costa no cargo de diretor da Petrobrás. O ex-diretor contratava as empreiteiras que pagavam as “comissões” a Yousseff, que repassava aos políticos, em depósitos, contas no exterior ou até mesmo em domicílio.