Após o plano frustrado de tentativa de resgate de detentos articulada pelo crime organizado, a Penitenciária Central do Estado está ‘fechada’ na data de hoje (25) por orientação é do diretor da unidade, Roberval Barros. Na prática, a medida de ‘fechamento’ torna ainda mais restrito o acesso ao presídio. O diretor disse acreditar que o crime organizado esteja diretamente envolvido no esquema de resgate. O presídio abriga a um total de 1,9 mil homens.

PM troca tiros, aborta plano de resgate na PCE e apreende armas e explosivo

Na data de hoje apenas os servidores ligados ao sistema prisional terão acesso a unidade. Por conta da operação de fiscalização em andamento, as aulas ministradas em salas da Escola Estadual Nova Chance, assim como as visitas de advogados não irão acontecer. Roberval explicou que a única exceção será a presença de oficiais de justiça para o cumprimento de alvarás de soltura.

A maior unidade prisional do Estado desde a noite de sexta-feira (24) é alvo de uma minuciosa revista. Por conta de uma denúncia sobre resgate de presos com emprego de explosivos, a segurança nas torres também foi reforçada.
“Desde ontem realizamos o ‘bate grade’, procuramos por túneis nas celas. Mantemos também reforço nas torres”, informou ao Olhar Direto. Por enquanto, a revista não constatou irregularidades nas alas.

Por volta das 4h de hoje, a Polícia Militar localizou três veículos rondando a unidade. Sem obedecer a ordem de parada, a PM acabou atirando trocando tiros com os criminosos e prendeu Jeferson Silva, de 26 anos, com mais de dez quilos de explosivos, duas pistolas, carregadores, além de uma espingarda calibre 12 e dezenas de munições. Segundo informações do 24º Batalhão, existem suspeitas de que uma moto também era empregada pelos criminosos para fazer o ‘monitoramento’ da área do presídio. Há suspeitas de que um ladrão de carretas, identificado como 'Carlinhos' fosse um dos alvos do plano de resgate.