Ilídio Lico, presidente da Portuguesa, está inconformado com mais uma polêmica envolvendo o nome do clube. Dessa vez, nove pessoas foram detidas acusadas de participar de jogo de azar dentro do estádio do Canindé, na zona leste da capital paulista. Dinheiro (em real e dólar) e cheques também foram apreendidos. O mandatário não vê ilegalidade no jogo de pôquer.

- É brincadeira o que estão fazendo com a Portuguesa. Querem acabar com o clube, é isso? Eu posso passar uma lista de mais de 50 clubes onde jogam Texas Hold'em. Só não cito os nomes agora para não ficar chato (modalidade de pôquer) - disse Ilídio Lico.

Todas essas nove pessoas foram encaminhadas para o 12º DP do Pari, assinaram um termo circunstanciado e foram liberadas na sequência. O caso foi encaminhado para a Justiça nesta sexta-feira pela manhã, de acordo com informações do próprio DP.

- É um mosquito e a turma fala que é um elefante. Eu não ia fazer nada irregular no Canindé, em uma sala aberta para todos. Seria um absurdo isso. Não tem maldade. É apenas um Texas Hold'em. Não tem maldade nisso. Já estão falando em cassino clandestino... Se fosse isso, eu faria em salas escondidas no Canindé, não numa que é aberta a todos - acrescentou Lico.

De acordo com o presidente da Portuguesa, a notícia de que havia dinheiro em jogo no pôquer realizado em sala do Canindé é novidade para ele. Em duas oportunidades ele esteve no local e diz não ter visto apostas desse tipo.
- Eu vou verificar isso, mas não sabia desse negócio de dinheiro. Entrei lá duas vezes só para olhar e nunca vi dinheiro lá, não. Mas o cara não pode estar com dinheiro no bolso? - finalizou o mandatário da Lusa.
Foram apreendidos R$ 2.050 em dinheiro, 670 dólares (o equivalente a pouco menos de R$ 1.500) e mais cinco cheques de clientes. As identidades dos nove detidos não foram reveladas.

- Recebemos a denúncia de que estavam jogando pôquer, modalidade Texas Hold'em, a dinheiro lá na Portuguesa e constatamos que, de fato, estava havendo essa contravenção penal, que é o "jogo de azar". As nove pessoas foram encaminhadas à delegacia como autoras, ouvidas e liberadas na sequência. Amanhã (nesta sexta) vamos encaminhar o caso à Justiça - disse o delegado Heitor Peitl.