Não houve acordo na reunião de conciliação entre os Sindicatos das Empresas de Transporte Coletivo do Estado de Mato Grosso e dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá realizada na tarde desta quinta-feira (22). Com o impasse, a greve dos motoristas de ônibus em Cuiabá e Várzea Grande segue até a próxima terça-feira (27), quando será realizada a reunião de instrução. Ainda nesta noite a categoria em greve decidirá sobre os encaminhamentos da mobilização nos próximos dias de greve.
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De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato dos trabalhadores, dentre alguns pontos que ainda serão definidos está a dúvida se a mobilização continuará atendendo a decisão da desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes, do TRT-MT, que determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá mantenha 70% da frota rodando.
“Existem muitos boatos dizendo que haverá paralisação das linhas, porém, são discursos que foram feitos para tumultuar o movimento”, esclareceu o sindicato.
O principal impasse entre as categorias é referente ao salário. A classe trabalhadora requer um aumento salarial de 7,15% e o pagamento de R$ 400 de ticket alimentação. Enquanto o sindicato que representa as empresas oferece uma majoração de apenas 4,63%.
Desde a meia noite de terça-feira (20), os motoristas que atuam no transporte público de Cuiabá, Várzea Grande e no intermunicipal deflagraram greve. Diariamente, cerca de 300 mil pessoas utilizam o transporte público nas duas cidades, por onde circulam em dias normais 450 ônibus.
Hoje o salário praticado para motorista é de R$ 1.680 e chegaria a R$ 1,8 mil. Já para os cerca de 80 profissionais contratados para a função de cobrador, o valor bruto praticado é de R$ 1.037 e com o aumento alcançaria R$ 1,110 mil. O Sindicato Patronal afirma que não pode ofertar maiores percentuais sem que existe majoração das tarifas praticadas.