Começa nesta quarta-feira (15) e vai até 15 de setembro o período proibitivo das queimadas em Mato Grosso. A meta do Corpo de Bombeiros é reduzir em 30% o número de focos de calor em relação ao ano passado, uma tarefa difícil. O ano de 2008 foi um dos que marcou pela qualidade do ar, muito superior que em 2007, quando a Capital Cuiabá ficou encoberta pela fumaça. Foi esta qualidade que garantiu saúde a população e economia aos cofres públicos.
Pelos dados da Secretaria de Saúde, entre os meses de agosto e dezembro de 2007 foram gastos cerca de R$ 1,3 milhão em internações pelas morbidades respiratórias causadas pela baixa qualidade do ar. Já no mesmo período de 2008, quando a redução nas queimadas foi visível, o Estado gastou aproximadamente R$ 805 mil, representando uma redução de quase R$ 500 mil em relação a 2007, ou, 38%.
Mas além da saúde humana, o fogo consome reservas naturais, destrói nascentes e contribui fortemente para o aquecimento global. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, afirmou nesta terça-feira (14) que serão investidos R$ 5 milhões este ano para combater o problema. Segundo ele, os recursos estão sendo concentrados em ações de conscientização, na aquisição de equipamentos e em uma melhor articulação com os municípios.
Quem efetivamente enfrenta o fogo também irá se empenhar. O comando do Corpo de Bombeiros determinou que durante o período crítico, quando a vegetação fica mais seca e mais propensa ao fogo, serão canceladas férias e licenças. Cerca de 130 homens estarão disponíveis para atuar em sistema de escala. O número representa o dobro do efetivo destacado para 2008. Se nada der certo e o fogo pegar, a solução virá do céu. Está prevista a locação de oito aviões que serão utilizados no combate aos incêndios florestais, a partir de três bases de apoio localizadas em Cuiabá, Sinop e Água Boa. Em 2008 foram apenas três.
Outra frente de atuação anunciada pelo Governo foi anunciada pelo superintendente da Defesa Civil, Agnaldo Pereira. Ele disse que está sendo feito um grande trabalho preventivo, de monitoramento, fiscalização e de capacitação de brigadistas desde o mês de janeiro. Já teriam sido visitados os municípios de Diamantino, Nova Mutum, Sorriso, Colíder, Barra do Garças, Nova Xavantina, Água Boa, Sinop, Nobres, Lucas do Rio Verde, Paranatinga (Terra Indígena Bakairi), Cuiabá e Várzea Grande onde foram realizadas reuniões com associações e sindicatos de produtores rurais, prefeituras municipais, assentamentos, sociedade civil organizada e sociedade em geral.
