Atendendo aos pedidos de diversos dirigentes, Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), garantiu que será feita uma reunião para discutir o futuro da Fórmula 1. Em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, o dirigente confirmou que já planejava organizar o evento antes de as reclamações aumentarem, referindo-se principalmente a Luca de Montezemolo, presidente da Ferrari, que recentemente voltou a cobrar uma postura da entidade.
"Eu vou atender uma mesa de patrocinadores, jornalistas, novas mídias, organizadores, pilotos atuais e do passado e os construtores. Vou acolher as propostas mais interessantes. Eu estou dizendo isso como presidente da FIA, sem ter que responder a Montezemolo, exatamente porque tenho um grande respeito por todos os competidores nas corridas e, em particular, pelo o que a Ferrari fez, faz e fará", afirmou Todt ao jornal italiano.
As principais reclamações sobre a atual situação da F1 são a respeito das regras, consideradas rígidas demais por dirigentes e pilotos. A preocupação por parte dos envolvidos na categoria é que a competição fique "chata" e não desperte mais o interesse do público.
"Tédio? Eu não vejo isso, e acima de tudo eu não vejo ninguém levantar o acelerador nas corridas a fim de economizar combustível. Nas corridas, sempre houve a busca da máxima eficiência: quanto menos combustível você coloca no tanque, mais leve é o carro e mais rápido você pode ir. Dez quilos de combustível são cerca de quatro décimos por volta", completou o dirigente, rebatendo uma das principais críticas que é a economia de combustível.
Um dos maiores críticos da forma como a F1 vem sendo realizada atualmente, Montezemolo, além de criticar as regras, pressionou a FIA afirmando que agiria por conta própria caso a entidade que regula o esporte não fizesse alguma coisa. Satisfeito com a resposta de Todt, o presidente da Ferrari comemorou que a solicitação tenha sido atendida.
"Ninguém se preocupa mais com o futuro da Fórmula 1 do que a Ferrari, porque ele está no centro da nossa vida diária. Estamos satisfeitos que o presidente da FIA deu boas vindas à iniciativa e agora a FOM (Formula One Management) deve fazer o mesmo o mais rápido possível para trabalhar em conjunto de forma construtiva para o bem deste esporte maravilhoso", disse.