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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Mãe que aplicou heroína no filho doente para ajudá-lo a morrer faz campanha por eutanásia

Foto: (FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE)

HEATHER PRATTEN NO DEPOIMENTO AO GRUPO QUE DEFENDE A EUTANÁSIA

HEATHER PRATTEN NO DEPOIMENTO AO GRUPO QUE DEFENDE A EUTANÁSIA

Mulher de 76 anos conta que filho implorou para morrer; ela chegou a ser presa por homicídio, mas acabou sendo absolvida


Ao completar 42 anos, o inglês Nigel Goodman já sofria da Doença de Huntington havia oito anos. O distúrbio neurológico é hereditário e se caracteriza por causar movimentos corporais anormais e afetar várias habilidades mentais do paciente. Trata-se de um mal sem cura.

Foi neste dia que ele pediu à mãe para morrer. Heather Pratten, de 76 anos, conta que a primeira vez que chamou uma ambulância para socorrê-lo foi repreendida. "Ele me disse: 'Nunca mais faça isso'."

Eles combinaram que ela aplicaria uma alta dose de heroína no filho. Ao perceber que ele não havia morrido, Heather acabou o sufocando com um travesseiro. Nos meses seguintes, ela teve que responder à Justiça e se declarou culpada pelo assassinato do filho. "Eu havia cometido, era mesmo culpada", conta em um vídeo da campanha Dignidade na Morte, grupo que apoia a eutanásia.

Ela diz que o ato não foi premeditado e foi uma demonstração de seu amor incondicional pelo filho, que preferiu morrer em vez de continuar sofrendo com a doença. "Foi uma decisão muito rápida usar o travesseiro."

Ele relembrou o dia em que ajudou o filho a morrer. "Tirei Nigel do hospital por causa do aniversário dele e o levei para o apartamento onde ele morava. Éramos apenas nós dois. Fiquei preocupada que alguém percebesse, mas Nigel me implorou para não deixar que o ressuscitassem."

"Só depois que tive certeza que ele estava morto, chamei a polícia e a ambulância. Contei que meu filho teve uma overdose e morreu." Quando a polícia chegou, ela explicou o que havia feito.

Heather foi interrogada e presa e acusada de homicídio. A acusação, depois, foi modificada e ela absolvida.
"Nunca me preocupei muito com isso. Só senti que fiz o certo para ele e que tudo se resolveria no fim, como, de fato, aconteceu."

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