O CrossFit se popularizou pelos benefícios físicos ao trabalhar, através de exercícios de atletismo, ginástica olímpica e levantamento de peso, as dez capacidades físicas, como resistência muscular e aeróbica, flexibilidade, equilíbrio e coordenação motora, sem nunca se especializar em nenhum tipo de treinamento. Aos poucos, o esporte, que já virou febre entre os famosos, ganha cada vez mais espaço no Brasil. Por gerar uma melhora estética, centenas de celebridades já se declararam amantes da atividade. O que poucos imaginam, é que a “brincadeira” para alguns, é levada a sério por muitos atletas profissionais no País.
Com resultados históricos em competições internacionais, o Brasil vive seu melhor momento na modalidade e fincou seu nome como uma potência ascendente do esporte, mesmo não tendo o apoio que outros países possuem. Em maio, em Peñalolén, no Chile, Antonelli Nicole, Francisco Javier, o Chiquinho, e Tárcio Santos colocaram o País entre os 15 primeiros colocados da modalidade na América Latina, no Regionals CrossFit Games, seletiva continental para o CrossFit Games - o Campeonato Mundial, nos Estados Unidos.
Joel Fridman, responsável por trazer a modalidade ao País, assume que tudo começou como uma brincadeira, mas que hoje a realidade é outra. “Começou por brincadeira e diversão, a intenção sempre foi a melhora de qualidade de vida. Isso foi crescendo e tomando proporções muito grandes. Hoje existem mais de 200 mil pessoas no mundo querendo uma vaga para o Mundial”, disse.
Apesar dos bons resultados, a realidade dos profissionais brasileiros é totalmente diferente dos estrangeiros. “Ainda não temos um nível para o campeonato mundial, estamos crescendo. Lá fora o pessoal já vive disso, com patrocínios fortes do mundo da CrossFit e até mesmo grandes marcas esportivas. Aqui, a maioria dos atletas são professores”, completou.
Em busca de um aperfeiçoamento para alcançar resultados melhores em competições internacionais e patrocínios para ter uma melhor condição de treino, pelo quinto ano consecutivo, o homem e mulher mais bem condicionados do Brasil serão conhecidos no Torneio CrossFit Brasil, a principal competição nacional da modalidade. Nos dias 30 e 31 de agosto, no ginásio José Corrêa, em Barueri, 54 homens e 32 mulheres disputarão o título em provas de alta intensidade, depois de garantir suas vagas através de oito seletivas regionais, divididas entre as cidades de São Paulo, Ceará, Distrito Federal, Santa Catarina e Minas Gerais.
“Para este ano, fizemos seletivas fora de São Paulo pela primeira vez, metade delas, comprovando o crescimento do CrossFit em nível nacional. Hoje, já são mais de 20 mil praticantes em ginásios oficiais no País", revela Thales Antoniolli, gerente de projetos da Figer 360 e organizador do Torneio CrossFit Brasil. "Vamos mostrar evolução e profissionalismo ainda maiores neste evento e revelar novos atletas para alcançar expressão internacional em 2015. O Brasil é um celeiro natural de atletas e o CrossFit é o esporte para mostrar todas as capacidades do ser humano".
Reconhecimento nos bastidores
Não são apenas os atletas brasileiros que vêm proporcionando um papel de destaque ao País no cenário mundial do esporte. A Mude, empresa de onfecção de mobiliário urbano e desportivo, criada no Rio de Janeiro pelo engenheiro civil Marcus Moraes, construiu para a National Pro Grid League um aparelho chamado RIG, que é o equipamento central da competição, com argolas, barras e telas. O Grid é um esporte novo, que tem o CrossFit como metodologia e é formado por times com atletas que praticam CrossFit. A inspiração para o formato da competição é na NBA, com franquias espalhadas por cidades americanas. A abertura da temporada acontece no dia 19 de agosto, no Madison Square Garden, em Nova York, no Estados Unidos.
