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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Líder do PSDB estuda nova denúncia contra Sarney por suposta negociação de cargos

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse nesta quinta-feira que vai apresentar ao Conselho de Ética a quarta denúncia contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pedindo a cassação do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar.


A nova reclamação do tucano leva em conta a denúncia de que gravações da Polícia Federal apontam que Sarney pode estar envolvido diretamente na contratação sigilosa de parentes e afilhados.

"Infelizmente vou apresentar. A assessoria está preparando. A situação dele fica cada vez pior, mais ilegítima. Os fatos são estarrecedores, comprometedores não só dele e do seu mandato, mas sobretudo da saúde moral da instituição que ele ainda preside", disse.

Para Virgílio, só a saída de Sarney será capaz de acabar com a crise que atinge a Casa. "A presença do presidente Sarney simboliza esse passado de irregularidade que nós temos que virar a página", afirmou.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", interceptações telefônicas realizadas durante a Operação Boi Barrica, com autorização judicial, mostram indícios de que a família do presidente da Casa negociava com o ex-diretor a contratação sigilosa de parentes e afilhados políticos do peemedebista.

Em uma das conversas, Sarney teria procurado orientação para atender um pedido de sua neta Maria Beatriz Brandão Cavalcanti Sarney, que defendia a contratação de Henrique Dias Bernardes, identificado pela PF como seu namorado. Ele foi nomeado para Diretoria Geral e recebeu por cinco anos R$ 2.700.

A Folha Online procurou a assessoria do presidente do Senado, que não quis comentar a denúncia.

As gavetas do Conselho de Ética guardam outras três denúncias de Virgílio e uma representação do PSOL. O presidente do Senado foi denunciado por quebra de decoro parlamentar pela edição dos atos secretos e também pela suspeita de ter usado o cargo para interferir a favor da fundação que leva seu nome.

Se o processo for aberto pelo conselho --atendendo a algumas exigências, como fundamento do pedido de investigação, fato determinado e cinco testemunhas que validem o documento--, Sarney poderá ser afastado do comando da Casa.

Desativado desde março, o colegiado elegeu ontem seu presidente. Aliados de Sarney manobraram e emplacaram o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), integrante da tropa de choque do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). O presidente do conselho tem a prerrogativa de rejeitar sumariamente todas as denúncias. O conselho volta a funcionar em agosto, após o recesso parlamentar.
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