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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Dominado do início ao fim, Brasil cai para R. Tcheca na estreia no Mundial

Vinte anos após o título mundial de Paula, Hortência, Janeth e cia., uma seleção brasileira renovada estreou na Copa do Mundo da Turquia buscando retomar o brilho perdido nos últimos anos. Mas o que se viu neste sábado, em Ancara, foi um domínio absoluto da República Tcheca, atual vice-campeã mundial, que fez do jogo coletivo o seu diferencial e deu uma aula de basquete: vitória por 68 a 55 com atuações inspiradas de Burgrová e Vitecková. Apesar do desempenho abaixo do esperado, a estreia marcou um recorde de Érika, que completou 100 jogos vestindo a amarelinha. 



- Sabíamos que seria um jogo muito difícil, mas acho que entramos muito ansiosas. Temos que ver os vídeos, corrigir os erros e entrar mais tranquilas. É difícil vencer a Espanha, mas se jogarmos com a mesma vontade e fizermos nosso jogo podemos conquistar uma vitória - analisou Érika, em entrevista ao SporTV após o confronto.

 

Clarissa foi a melhor brasileira em quadra, com duplo-duplo de 10 pontos e 10 rebotes. Érika também obteve 10 rebotes. Tainá apareceu bem nos arremessos de três pontos, com três acertos em cinco - totalizando seus nove na partida. O ponto negativo, no entanto, foi o desempenho coletivo nos arremessos de dois pontos - apenas 24,5% de aproveitamento.

Pelo lado europeu, Hanusová foi a cestinha do jogo com 15 pontos. Veselá anotou duplo-duplo com 11 pontos e 11 rebotes. Eficientes, Burgrová e Vitecková contribuíram com 12 e 13 pontos respectivamente.

O Brasil volta à quadra neste domingo para enfrentar a forte seleção espanhola, atual campeã europeia, às 15h15m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar os lances pelo SporTV Play.
 

Lampejo inicial

Com média de idade de 25 anos, o elenco brasileiro é o quarto mais jovem do Mundial da Turquia. Das 12 jogadoras que compõem o time, nove são estreantes - apenas Érika, Adrianinha e Damiris têm Mundiais adultos na bagagem. Restava saber como as meninas iriam se comportar diante de uma potência logo na estreia. 

O equilíbrio emocional seria decisivo. Maior estrela do Brasil e ídolo do Atlanta Dream na WNBA, Érika abriu o placar, bateu no peito e impôs respeito diante das atuais vice-campeãs mundiais. A cesta de três pontos de Tati deu pinta de que elas iriam surpreender: 5 a 0. Mas a vantagem durou pouco. Em rápidos contra-ataques de Vitecková e Burgrová, as tchecas reagiram e assumiram a dianteira: 11 a 5.  Bartonova também fez sua parte, e as europeias encurralaram o Brasil, fechando o primeiro quarto por 17 a 7. 

Além de dominadas, as brasileiras não acertavam os arremessos e tinham aproveitamento de 18% nas tentativas para dois pontos (4/24). O semblante era de desespero, perplexidade. Érika tentava levantar o time, mas nada dava certo. Ramona levou uma cotovelada, se jogou na beira da quadra e não segurou as lágrimas. Quando as brasileiras conseguiam enfim pontuar, a resposta era imediata. Com isso, as tchecas iam ampliando a vantagem em uma atuação avassaladora: 27 a 17. Na linha dos três, Adrianinha mostrou pontaria afiada e diminuiu a diferença. Zanon pediu tempo e reorganizou a equipe, que melhorou a defesa e não deixou as rivais ampliarem no fim do segundo quarto, que terminou em 27 a 20. 

Tchecas tomam conta do jogo
 

Os poucos torcedores tchecos que compareceram ao ginásio estavam empolgados e não paravam de gritar o nome do país. Em alguns momentos, até vaiavam as brasileiras. E as europeias continuavam melhores. Burgrová estava com a mão quente, e Vitecková tratou de jogar mais um balde de água fria com duas cestas de três: 34 a 23. De costas, Hanusová fez mais dois: 45 a 33. O Brasil desperdiçou boas chances de diminuir ao errar lances livres com Tainá, que vinha fazendo uma boa partida. Tati converteu uma cesta de três pontos e todo o banco de reservas se levantou e vibrou muito: 48 a 36. O troco não tardou. Hanusová acertou de longe, e Veselá anotou mais dois pontos: 50 a 36 no fim do terceiro quarto. 

Com uma tendinite, Nádia entrou no fim para tentar mudar os rumos da partida, mas Hanusová fez logo dois pontos para mostrar quem mandava no pedaço. Burgrová e Elhutová ampliaram, mas o Brasil respondeu com Clarissa, que diminuiu depois de bonito contra-ataque. Nádia converteu mais dois, e Joice acertou a sua primeira cesta, mas a diferença era grande: 56 a 42. Érika cometeu falta em Veselá, que não desperdiçou os lances livres. Em seguida, foi a vez de Burgrová anotar seu 10º ponto. A três minutos do fim, a baixinha Débora, de 1,64m, roubou a bola de Bartonová no meio da quadra, arrancou e marcou mais dois: 60 a 50.  A tcheca se vingou com uma cesta de três pontos no lance seguinte. Ao contrário das brasileiras, as campeãs europeias aproveitavam as chances de ampliar a confortável vantagem até o fim: 68 a 55.

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