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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Pandemia de gripe pode durar dois meses e afetar até 67 milhões

Pandemia de gripe pode durar dois meses e afetar até 67 milhões
Os cenários estão na terceira versão do documento "Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza", publicado em abril de 2006 pelo Ministério da Saúde, aponta reportagem de Hélio Schwartsman


Segundo o estudo, epidemias de influenza em grandes centros urbanos se caracterizam pelo início abrupto, atingem seu pico em duas ou três semanas e se prolongam até completar cinco a oito semanas. Isso significa que os números ainda vão piorar antes de melhorar.

A pandemia de gripe provocada pela nova variante do vírus A H1N1 poderá atingir entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros ao longo das próximas cinco a oito semanas. De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.

O estudo do governo trata de um modelo matemático estático criado por epidemiologistas com base no perfil de pandemias anteriores.

Por ser um esquema genérico e não um estudo específico para o atual vírus, são necessários alguns cuidados ao extrapolá-lo para o presente surto.

É possível que alguns dos pressupostos contidos no modelo não valham para o H1N1, cujos parâmetros de transmissão e morbidade ainda não são bem conhecidos, como explicou Eduardo Hage, diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério.

OMS

Anteontem (17), a OMS (Organização Mundial de Saúde) desistiu de contar os casos individuais de gripe suína e não irá mais emitir boletins globais sobre o número de doentes. Segundo a organização, manter a conta de infectados é muito dispendioso, pois o vírus se espalha rapidamente.

"Nas pandemias anteriores, os vírus gripais precisaram de mais de seis meses para se propagar tanto como aconteceu com o novo vírus A [H1N1] em menos de seis semanas", afirmou em um comunicado, a organização com sede em Genebra.

Ela também acrescentou que a contagem dos casos individuais já não é essencial (nos países mais afetados) para seguir o nível ou a natureza do risco causado pelo vírus ou para dar indicações sobre a melhor resposta para a doença.

"Em alguns países, a análise sistemática dos casos suspeitos mobiliza a maior parte das capacidades dos laboratórios, o que deixa pouca margem para o acompanhamento e as pesquisas de fatos excepcionais", destacou a OMS para justificar sua decisão de não proporcionar mais estatísticas mundiais.

A organização pediu aos países afetados que sigam "de perto os fatos incomuns", como, por exemplo, as infecções graves ou mortais em grupos de população, os sintomas pouco frequentes que possam apontar mutação do vírus. A OMS se limitará a partir de agora a informar sobre os novos países afetados.

"A OMS continuará pedindo a esses países que comuniquem os primeiros casos confirmados e, à medida do possível, deem a cada semana cifras e descrições epidemiológicas dos novos casos", segundo a nota publicada.

De acordo com a OMS, já foram reportados 95 mil casos da gripe suína no mundo, incluindo 429 mortes. No entanto, estes dados são ultrapassados pela velocidade do vírus.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

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