A falta de água na cidade de Chapada dos Guimarães, distante 65 quilômetros de Cuiabá, mais uma vez causa transtorno para a população e também aos de turistas, que se encontram na região. O problema se torna crônico principalmente durante os eventos realizados no município como o XXV Festival de Inverno, que começou dia 10 de julho e encerra hoje, onde foi registrada a presença de mais de 30 mil pessoas.

Os bares, restaurantes e o comércio, localizados na região central de Chapada, estão sendo abastecidos com caminhão pipa pela Prefeitura Municipal. O prefeito, Flávio Daltro (PP), disse ao site Olhar Direto que a problemática teve início há mais de uma semana. No entanto, o abastecimento teria começado na sexta-feira (17), quando moradores de diversos bairros também ficaram sem água.

Ele informou ainda à reportagem que registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da cidade, na última semana, para investigar um suposto arrombamento e alteração no registro do sistema de abastecimento de água, que é digital. Isso fez com que muitos bairros ficassem sem receber água causando irritabilidade para os moradores. A investigação continua, e não há suspeito pelo crime.

Caos

A água é essencial para o cotidiano da população e também para novos investimentos no setor turístico, a principal atividade econômica de Chapada dos Guimarães. Mas a situação já se arrasta há anos, não sendo resolvida nem pela última administração, ex-prefeito Gilberto de Mello (PR), nem pelo atual chefe do executivo municipal, Flávio Daltro (PP).

Segundo o prefeito, o sistema de captação é insuficiente para atender as necessidades dos chapadenses. Daltro explica que a Prefeitura já apresentou ao Governo do Estado um projeto que prevê toda a reforma do sistema. Porém, alega que não obteve resposta dos recursos solicitados.

As duas captações que abastecem o município são os córregos da Quineira e do Monjolo, cujo reservatório tem capacidade de armazenar 2,5 milhões de litros de água. “Precisamos resolver essa situação e já apresentamos diversas propostas. Mas nada é resolvido. A Prefeitura não tem recursos suficientes para melhorar o sistema e precisamos da ajuda do Governo Federal como Estadual”, pontuou.