A presidente do Sindicato de Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Maria Siqueira Carvalho, voltou a denunciar a falta de leitos no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. De acordo com ela, os profissionais acabam ficando de mãos atadas por não tem para onde encaminhar os pacientes. Outra reclamaçõa é quanto a Prefeitura de Cuiabá chegar a descontar R$ 400 do salário deles. Na próxima semana os médicos que atuam na rede pública da capital irão se reunir em assembleia e estudam parar os serviços de atendimento ao público ainda na primeira quinzena de dezembro.
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“A complicação que nós temos no Pronto Socorro Municipal é a velha história da falta de leitos. Nós não temos como atender as pessoas que passam por lá e nem para onde encaminhar os pacientes”, disse a presidente. Porém, ela disse que as reclamações contra a falta de medicamentos cessaram: “Antes não havia remédio para os pacientes, porém, isso parece ter sido resolvido pela secretaria”.
Vale lembrar que o PSM de Cuiabá só comporta 207 leitos. Outros deles são constantemente improvisados nos corredores do local. O problema fez com que em maio, a prefeitura assinasse um termo com a Santa Casa de Misericórdia para a transferência de 30 pacientes. Mais de R$ 300 mil foram repassados para o 'aluguel' de leito.
Outra reclamação por parte dos médicos é que o salário pago pelo município tem sido menor: “Os médicos recebem um valor fixo de R$ 3.500,00 e tem mais uma gratificação que pode chegar a R$ 4.500,00, porém, temos informações de que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem descontado até R$ 400 deste montante. O problema já vem desde antes das eleições”, disse Eliana.
A presidente ainda acrescenta que faltam recursos para pagar os profissionais: “O secretário teve de remanejar dinheiro de outros locais, como construções para pagar a gratificação dos médicos”.
Outro Lado
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou ao
Olhar Direto que os descontos que geralmente tem no salário são porque os médicos não cumprem a carga horária ou faltam ao serviço. Porém, a SMS promete levantar as informações junto a Secretaria de Gestão para saber o que está ocorrendo neste caso.
