Mais de 250 pessoas, entre moradores das cidades de Lucas do Rio Verde e de Itanhangá, participaram de um ato de protesto pela operação Terra Prometida, na tarde de hoje (1). A ação teve como foco desarticular uma organização que atuava na exploração de áreas destinadas a reforma agrária no Projeto de Assentamento Itanhangá/Tapurah. Durante o ato, cogitou-se até mesmo um protesto com o fechamento da BR-163, principal acesso a região. Nesse final de semana, a Justiça Federal negou pedidos de liberdade a quase todos os presos, 34, na operação.
Moradores de Lucas do Rio Verde fazem ato em repúdio a ação da PF
Munidos com faixas e cartazes, os manifestantes lotaram o plenário da Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde. O vice-governador Carlos Fávaro, além do deputado estadual Ezequiel Fonseca (PP) participou, das discussões.
O prédio da Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde ficou repleto de manifestantes e do lado de fora da unidade foram instaladas diversas faixas cobrando mais critério nas ações desencadeadas. A principal cobrança é quanto a condenação moral desde a deflagração da operação que resultou na prisão de 34 pessoas, dentre eles do ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Fraz, e do atual vice-prefeito de Itanhangá, Rui Schenkel (PR).
Durante o ato, os moradores assinaram uma moção de repúdio contra a ação policial que deve ser encaminhada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Superintendência da Polícia Federal, em Cuiabá.
No total, 34 pessoas foram presas durante a operação Terra Prometida, desencadeada pela Polícia Federal no último dia 27, acusadas de participação em um esquema que já lucrou R$ 1 bilhão com e exploração de cerca de mil lotes, de um total de 1.149, destinados à reforma agrária. Além de produtores, servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),sindicalistas e políticos integram a lista de investigados. No total, 52 ordens de prisão preventiva foram expedidas.