Mesmo antes da equipe de transição do governador eleito Pedro Taques (PDT) ter apresentado o rombo de R$ 2,5 bilhões que será deixado pela atual gestão do governador Silval Barbosa (PMDB), a missão do futuro secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, já estava selada: "sentar sobre o caixa". Agora, com a dívida confirmada, ele também terá de fazer uma “ginástica orçamentária” para tornar saudável a situação financeira do Estado.

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“A primeira medida é sentar sobre o caixa. É determinação do chefe [Pedro Taques] e vamos cumpri-la”, afiançou Brustolim, em entrevista à imprensa. Ao total, a equipe de transição encontrou dívidas na casa de R$ 1,7 bilhão, além de mais de R$ 767 milhões de restos a pagar de 2014 a anos anteriores, totalizando assim o saldo negativo de R$ 2,5 bilhões.

Além de quitar essas dívidas, o novo secretário terá de aumentar a arrecadação R$ 1,1 bilhão ao ano para não criar novos déficits. O primeiro ano de serviço deverá ser focado em cortes de custos, auditorias de antigas dívidas e de contratos com serviços não prestados, o que pode tornar o secretário um dos menos populares da nova gestão.

Por outro lado, ele também terá a missão de dar segurança jurídica e criar um ambiente de negócios em Mato Grosso. Nesse aspecto, Brustoim poderá se destacar como importante engrenagem de conexão entre Governo e empresariado, a dar pontos positivos para o secretário suportar a pressão dos aspectos negativos do cargo.

O pagamento em dia dos salários dos servidores públicos é prioridade absoluta, assim como os serviços essenciais,  independente do grau de dificuldade das contas do Estado. A ordem é ‘casa arrumada’ com o absoluto controle sobre a Sefaz, neste primeiro momento, efetuando   todos os cortes considerados necessários para o equilibrio fiscal. (Colaborou Raoni Ricci)